quinta-feira, 26 de junho de 2014

AULA 08: TECNICAS DE REMODELAGEM CICATRICIAL

Aula ministrada pelo professor pedro.
  • Lesão do tecido cutâneo: feridas (interrupção anatômica ou funcional da continuidade do tecido)
  • A cicatriz é a tentativa biológica de restaurar e reparar um tecido que apresenta solução de continuidade.
  • Pele é a nosso tecido de proteção do meio externo, e essencial para a termorregulação
    processo de cicatrização:
  • 1 fase inflamatória: formação do coágulo e proliferação de células inflamatórias (6 horas aproximadamente após a lesão)
  • Fase de fibropastia/ proliferação: produção de secreção fibroblástica, formação do tecido de granulação ( 48 horas após a lesão)
  • Fase de maturação ou contração da ferida: migração e proliferação, síntese de colágeno e maturação das fibras [elasticidade e força tensil] ( 21 dias após a lesão)
  • QUEIMADURAS: 

    superficiais (1 grau): vermelhidão, “descasco” em 1 semana ha regeneração, lesão simples, recuperação em 2 semanas em média.
    queimaduras (2 grau): bolhas e sente muita dor, restauração em 15 dias aproximadamente.
    queimaduras (3 grau): não doi, esbranquiçada, perde a camada germinativa, não doi pois acaba com a terminação nervosa, existe cicatrização do tecido. Encurtamento da pele como resposta, retração tecidual.

















  • Cicatriz patológica(produção excessiva de colágeno nos 2 tipos)
    Hipertrófica: Cicatrização excessiva mas não ultrapassa os limites da incisão.
    Queloides: Ultrapassam os limites, pouco responsiva ao tratamento, fibras mais desorientadas, alterações estruturais e bioquímicas.


  • Avaliação do tecido cutâneo:
    mecanismo de lesão (componentes do ferimento)
    características do paciente (idade, dominância, internutricional, medicações, suporte familiar).
  • Avaliação da ferida/ cicatriz:
    estágio cicatricial
    tamanho, edema, dor, temperatura, coloração
  • Remodelagem cicatricial: o objetivo é remodelar e favorecer o direcionamento das fibras de colágeno que se depositam nos processos cicatriciais (liberação da ferida, favorecer reabsorção de colágeno).

  • EDEMA: 

  • Edema: aumento de volume, permeabilidade vascular aumentada, perda de função.

    principais tratamentos para o edema: compreensão, posicionamento, gelo, movimentação ( que controla a dor e evita a rigidez).

MINHA VISÃO SOBRE A AULA: a aula foi ministrada pelo professor Pedro que tem um vasto conhecimento e experiências especializadas em reabilitação de membro superior, mão em especial, o que torna a aula dele muito enriquecedora, nós terapeutas ocupacionais temos características de reabilitação de mão, mas podemos e devemos atuar em todos os contextos dentro do serviço, tivemos uma continuidade e aprofundamos alguns assuntos que já tinham sido abordados em matérias ministradas anteriormente. O terapeuta ocupacional tem sim uma grande demanda nos serviços de alta complexidade dentro do contexto hospitalar, precisamos entender e ser inseridos nesses serviços.

Domínios e temáticas no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional: uma revisão da literatura brasileira de 1990 a 2006*
RESUMO: Este artigo se propõe a apresentar a produção do conhecimento no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional a partir de seus domínios e temáticas, através de estudo da produção científica brasileira de 1990 a 2006. Foi analisada a produção na forma de artigos de periódicos, capítulos de livro e resumos ampliados dos Anais de dois Congressos Brasileiros de Terapia Ocupacional, o que resultou num levantamento bibliográfico de 83 registros. O material analisado foi organizado em quatro domínios de atenção: gestante, puérpera e neonato; criança e adolescente em enfermarias pediátricas; adulto e idoso em hospital geral; pessoas com câncer e/ou
HIV/AIDs e; fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos do campo. As produções foram analisadas por domínio, construindo-se assim uma cartografia preliminar do campo e apresentando suas tendências e desafios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a revisão da literatura aponta para um importante potencial de trabalho no campo das práticas hospitalares, ela demonstra uma fragilidade na sua constituição dado ao ainda pequeno número de artigos e livros. Poucas das produções analisadas eram relativas a resultados de pesquisa, sendo a maioria composta de relatos de experiência e alguns textos de caráter didático. Este recorte de análise mostra também que a produção se concentra em alguns domínios e sub-domínios que acabam por utilizar arcabouços teóricos distintos e dialogam com diferentes atores do setor saúde organizados por suas especialidades. A produção em neonatologia e pediatria mostra um perfil mais constante, anteriormente fundado na promoção do desenvolvimento infantil através do brincar, mas, que recentemente tem se revigorado com as perspectivas trazidas pelo aporte da promoção de saúde, da integralidade das ações de saúde e dos recentes investimentos na humanização do cuidado trazido pela Política Nacional de Humanização. A produção sobre o hospital geral de adultos, seja em relação ao trabalho em enfermarias, ambulatórios ou programas de atendimento domiciliário, ainda apresenta uma dispersão por especialidades e uma produção insuficiente em artigos,
embora tenha havido um aumento de produção em resumos ampliados em congressos. Há pouco diálogo da produção deste domínio com a política de saúde e as propostas de humanização do cuidado, sendo ainda o relato de experiências pontuais o que caracteriza a produção do domínio.

REFERÊNCIAS:

GALHEIGO, S. M. Domínios e temáticas no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional:uma revisão da literatura brasileira de 1990 a 2006. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.18,n. 3, p. 113-121, set./dez. 2007.


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