A
turma foi dividida em dois grandes grupos, no primeiro dia
apresentaram os ciclos infância e adolescência, aspectos físicos e
psicológicos.
- Segundo Piaget o desenvolvimento humano ocorre em estágios e são eles:→ Sensório motor (0 a 2 anos) forma de explorar o ambiente baseado em estímulos manuais, fase da ação e reação.→ Pré operacional (2 a 7 anos) mistura da realidade com fantasia, não tem noção de conservação, inicio do aspecto social.→ Operacional concreto (7 a 12 anos) pensamentos mais lógicos, maior flexibilidade mental para reconhecer as regras dos jogos, capacidade de reconhecer o sentimento dos outros.→ Operacional formal (12 anos em diante) pensamento dedutivo, hipotético e lógico propõe novos códigos e condutas.
INFÂNCIA
E ADOLESCÊNCIA:
- Adolescência-aspectos físicos: A puberdade tem seu início entre 9 e 14 anos para os meninos, e entre 8 e 13 para as meninas.
- As principais transformações físicas biológicas que acontecem nessa fase são:→ Desenvolvimento da genitália→ aparecimento dos caracteres sexuais secundários→ alteração na distribuição da gordura corporal
- Doenças mais comuns na infância:→ laringite→ otite→ amigdalite→ conjuntivite→ infecção urinária→ diarreia
- Doenças mais comuns na adolescência:→ dor de cabeça→ cólica forte→ tendinite→ bulimia→ doenças sexualmente transmissíveis (DTS)→ gastrite→ anorexia→ transtornos ansiosos e depressivos
- A lei N 11.104, de 21 de março de 2005, que “0briga” todos os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico a implantarem brinquedotecas em suas dependências.
- Objetivos principais do terapeuta ocupacional que atua no contexto hospitalar voltado para a infância: Se preocupar com o emocional do paciente, amplitude de movimento, controle e alinhamento postural, coordenação motora fina e grossa, lateralidade e cruzamento da linha média.MINHA VISÂO SOBRE A AULA: sabemos que a internação causa uma drástica ruptura no cotidiano do paciente, na infância e adolescência essa quebra implica no isolamento, enfraquecimento da rede de apoio, e nós terapeutas ocupacionais precisamos entender o funcionamento, o desenvolvimento do indivíduo criança e adolescente sem patologias para poder intervir de maneira adequada quando alguma patologia acometer esse indivíduo, sabendo desenvolver intervenções eficaz e apropriadas para a idade do paciente. Através de estudos pesquisados encontrei um artigo científico que cita o impacto da hospitalização em crianças de um a cinco anos de idade.
- O IMPACTO DA HOSPITALIZAÇÃO EM CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE IDADE
O
presente trabalho se propõe a identificar as reações físicas e
emocionais das crianças de 1 a 5 anos. A população alvo constou de
56 crianças internadas no Hospital Pediátrico Monsenhor Pedro Rocha
de Oliveira, no Crato, Ceará. Os dados foram obtidos a partir de um
formulário especialmente construído para a pesquisa e da
observação. Os resultados demonstraram que o grupo de crianças que
tiveram acompanhantes durante a hospitalização apresentou menor
freqüência de reações físicas, tais como: choro, vômitos,
diarréia, taquicardia, inapetência, insônia, enurese noturna, e
emocionais tais como: indiferença, medo, apatia, agressividade e
irritabilidade, do que o grupo de crianças, sem acompanhantes,
durante a internação. Os acompanhantes das crianças mostraram-se
cooperativos com a equipe de saúde. Concluímos que se deve exigir
dos governantes políticas públicas que privilegiem a criança,
especialmente no que diz respeito ao direito de permanecer com um
familiar quando em situação de internamento hospitalar.
Método
Amostra
Participaram
56 crianças de 1 a 5 anos de idade, internadas no Hospital
Pediátrico Monsenhor Pedro Rocha, no município do Crato, estado do
Ceará, por um período de três meses. Dessas, 28 crianças
estavam internadas com acompanhamento de familiares e 28 não
dispunham de acompanhantes.
O
critério de idade foi adotado, tendo em vista, ser nesta idade, que
os efeitos da hospitalização são
mais
evidentes, durante a internação (Farias e cols., 2003).
Instrumento
Os
dados foram obtidos a partir de um formulário e de observação in
loco.
O
formulário abordava os seguintes aspectos: identificação da
criança (sexo, idade, tempo de internação, se estava com
acompanhamento familiar) e as reações físicas (por exemplo: choro,
crise de vômito, inapetência) e emocionais (por exemplo:
indiferença, apatia, medo, agressividade) demonstradas pela criança
durante a internação. Constava, também, de um item que fazia
menção às reações demonstradas pelos acompanhantes das crianças
durante a internação.
pode-se
verificar que, no grupo de crianças com acompanhamento familiar
durante a internação, a enurese noturna foi a reação física mais
freqüente com 30,8% dos comportamentos observados, seguida do choro
com 25,6%, inapetência 12,9%, taquicardia 11,5%, insônia 8,9%,
crises de vômitos 6,5% e hipertermia 3,8%. Quanto às crianças que
ficaram hospitalizadas sem acompanhamento familiar, verificou-se que,
das reações físicas observadas, a mais freqüente foi o choro com
22,8%, seguida pela enurese noturna 20,4%, inapetência 14,6%,
taquicardia 13,8%, insônia 13%, vômito 8,1% e hipertermia 7,3%.
Considerando os dois grupos, crianças hospitalizadas com
acompanhantes e sem acompanhantes, os resultados mostraram que as
reações físicas se apresentaram da seguinte forma: enurese noturna
24,4%; choro 23,9%, inapetência 13,9%, taquicardia 12,9%, insônia
11,5%, vômito 7,4% e hipertermia 6% dos comportamentos observados.
Apesar da enurese noturna ser a reação física de maior frequência
no resultado geral dos dois.
Considerações
Finais
Neste
artigo, argumenta-se a importância da presença de um acompanhante
durante o período de hospitalização da criança, tendo como
demonstração os resultados das reações físicas e emocionais
apresentadas pelas crianças. Como se pôde ver, as crianças
hospitalizadas sem acompanhamento manifestaram mais reações físicas
(inapetência, taquicardia, insônia, vomito) e emocionais
(irritabilidade e agressividade) do que as crianças acompanhadas.
Entretanto, apesar de se saber que o alojamento conjunto
acompanhante/criança seja relevante para a superação do impacto da
hospitalização e para a rápida recuperação das crianças
internadas, o que se percebe é que as situações de infra-estrutura
dos hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde – SUS
inviabilizam a presença dos acompanhantes na internação. Todavia,
Novaes (1998) e Mitre (2000) reinteram que, quando os pais não
puderem estabelecer o alojamento conjunto, eles devem deixar artigos
domiciliares preferidos com a criança, como por exemplo, um
cobertor, brinquedo, mamadeira, utensílio de alimentação ou peça
de vestuário. A importância de objetos preciosos para as crianças
em idade escolar é frequentemente desprezada ou criticada por
profissionais de saúde. Esses objetos ajudam as crianças a se
sentirem mais confortáveis em um ambiente estranho. Ademais, as
atitudes de cooperação da família, contribuem, sobremaneira, para
a melhor condução do tratamento da criança. Portanto, um serviço
hospitalar, eficaz, também deve contemplar a orientação aos
acompanhantes, quanto aos procedimentos e normas do hospital, de
forma a conseguir a cooperação e a participação destes, durante a
hospitalização das crianças (Collet & Rocha, 2004). As
crianças que experimentam hospitalização prolongada ou repetida
encontram-se em maior risco de retardo de desenvolvimento, portanto
uma meta importante nos cuidados para a criança hospitalizada é
minimizar as ameaças para o seu desenvolvimento. Os resultados desta
pesquisa poderão servir como um propulsor, principalmente na
comunidade onde foi realizada, de reivindicação junto aos órgãos
oficiais de saúde, no sentido de exigir o cumprimento, de forma
digna, da Lei 8.069/1990 que permite a permanência dos pais nos
casos de internação de crianças e adolescentes.
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA,
Gislene Farias de; DANTAS, Francisco Danilson Cruz; FONSECA, Patrícia
Nunes da. O impacto da hospitalização em crianças de 1 a 5 anos de
idade. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 7, n. 2, dez. 2004 .
Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582004000200005&lng=pt&nrm=iso>.
acessos em 22 jun. 2014.
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