quinta-feira, 26 de junho de 2014

AULA 12: PARTICIPAÇÃO NA FESTA JUNINA


chegamos ate o lar e todas as senhoras estavam com chapéu característico de festa junina, o lar estava decorado com os balões que tínhamos feito, e os enfeites e jogos que os outros grupos fizeram, a Dos Anjos estava animada, ficou muito feliz quando nos viu, dançamos com as senhoras, ajudamos a alimentar as idosas que necessitam de auxílio. No final sai com um sentimento de dever cumprido, fiquei muito feliz em saber que fiz parte daquele momento de alegria, recebemos um carinho verdadeiro da Dos Anjos e das outras idosas, em pouco tempo criamos um vínculo muito forte com a nossa paciente, uma senhora que mesmo diante de todas as dificuldades, as surpresas que o destino reserva continua sendo sorridente, alegre, e transmite paz a todos que convivem com ela.
A cada semestre minhas certezas são reforçadas, minha vontade de fazer a diferença enquanto terapeuta ocupacional na vida dos meus pacientes aumenta, e por meio desse blog, das minhas conversas com amigos, conhecidos tento mostrar e apresentar essa profissão tão significante na vida daqueles que necessitam do nosso auxílio em algum momento da vida. Sou feliz por ter escolhido a terapia ocupacional, e essa felicidade tem que refletir no  processo de análise e intervenção do meu paciente.
SEMESTRE QUE VEM VOLTO PARA COMPARTILHAR MINHAS EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS!!!! 


AULA 11: CONFECÇÃO DOS BALÕES PARA A FESTA JUNINA DO LAR



escolhemos a confecção de balões em papel, uma atividade fácil onde as idosas poderiam realizar e nós auxiliaríamos, escolhemos papéis coloridos, a atividade foi realizada na segunda feira, a festa seria na quarta da mesma semana, então elas estavam animadas para ajudar no processo de fabricação dos materiais que seriam utilizados na festa.

AULA 10: SEGUNDA AULA PRÁTICA.

Iniciamos a aula apresentando a proposta que levamos de uma atividade para realizar com a Dos Anjos, a atividade escolhida foi Colagem, a partir do contato que tivemos com ela percebemos que é uma senhora bem infantilizada, vaidosa e comunicativa, analisamos e fizemos a proposta dessa atividade para que conhecêssemos mais subjetivamente, os desejos, as preferências diante de muitas opções, separamos várias revistas e colocamos diante dela, que foi folheando as revistas e ao final foram escolhidas duas imagens para se colar, uma do cantor Roberto Carlos e um desenho animado, durante o processo de realização da atividade ela nos contou que estava no processo de alfabetização, diante disso unimos algo que estava muito presente no cotidiano dela naquele momento, e separamos as vogais, ela identificava nas revista colocava e depois nos dizia qual era aquela letra, foi uma prática muito calma e conseguimos chegar aos objetivos propostos.
Após o término na aula a terapeuta ocupacional do lar junto com a professora nos comunicaram que haveria uma festa junina para as idosas, e que nós poderíamos na próxima aula elaborar atividades que ajudassem na confecção dos jogos, decoração da festa. Fiquei extremamente animada em poder ajudar, confeccionar materiais para um momento tão importante para elas.

  • ANALISE DA ATIVIDADE:

Nome da atividade: Colagem
1 – Descrição:
  1. Faixa Etária: a partir dos 7 anos;
  2. Etapas: Perguntar ao paciente algo que gosta de fazer e sente falta; separar os materiais necessários; adequar o ambiente para realização da atividade; instruir o paciente para utilizar os materiais disponibilizados para realizar a colagem de acordo com o que relatarem; auxiliar o paciente na colagem.
  3. Duração: 10-40 minutos, variando de acordo com o quadro clínico do paciente.
2 – Objetivos terapêuticos: estimular a criatividade e o processamento sensorial; trabalhar a memória; suscitar emoções; aprimorar coordenação motora grossa e fina dos MMSS; refinar preensões manuais (trípode; polpa polpa).
3 – Componente sensório-motor: Tátil; propriocepção; visual; auditivo; estereognosia; cinestesia; posição no espaço.
4 – Componentes neuromusculo-esqueléticos: Amplitude de movimento dos MMSS.
5 – Componentes motores: Coordenação motora grossa e fina; cruzamento da linha média; controle motor.
6 – Componentes cognitivos: Nível de estimulação; orientação; atenção; memória; formação de conceitos; tolerância.
7 – Componentes psicossociais e psicológicos: Valores; interesses; autoconceito; auto expressão; auto controle.
8 – Aspectos ambientais: Ambiente com boa iluminação; superfície de apoio variável de acordo com a posição do paciente. Materiais: Papel, cola branca, cola de tecido, cola quente, milho de pipoca, colheres de sobremesa de plástico, barbante, retalhos de tecido, TNT, algodão, missangas e papel crepom.
9 – Segurança e risco: Frustração; intoxicação; angustia; engasgar.
10 – Graduação e adaptação: Utilizar materiais menores; mais materiais; uma colagem maior; mais detalhada.




AULA 09: INÍCIO DAS PRÁTICAS.



A turma foi dividida em 3 subgrupos, e cada grupo foi realizar as práticas em algum serviço, eu fiquei no lar dos velhinhos, é um lar onde só moram senhoras, com diversos acometimentos patológicos algumas mais graves que usam cadeira de rodas, e outras totalmente ativas sem necessidade de nenhum dispositivo de auxílio. Na primeira aula conhecemos a terapeuta ocupacional da instituição que nos recebeu de forma muita aberta e receptiva, ela nos levou para conhecer a rotina matinal do lar, e conversando com algumas das senhoras conhecemos a dona Maria dos Anjos, imediatamento nos recebeu com muito carinho e entusiasmada para mostrar o cachecol que estava confeccionando, fomos ate a varando onde elas ficam sentadas e geralmente realizam as atividades das sessões, a dona Dos Anjos como gosta de ser chamada estava finalizando um cachecol no tear, sentamos ao lado dela e começamos a conversar sobre a rotina dela na instituição, o que gosta de fazer, os horários da alimentação, higiene pessoal, missas são bem definidos, mas durante o período da tarde elas ficam mais livres. Após a análise sentamos com a professora Ana Rita que estava acompanhando as nossas práticas e conversamos um pouco sobre a nossa paciente, a professora pediu para que fizéssemos análise da atividade que a Dos Anjos estava realizando e levássemos na próxima aula outra proposta de atividade para ser realizada.

MINHA VISÃO SOBRE A AULA: Particularmente tenho muita dificuldade em lidar com pessoas idosas, tenho uma grande empatia mas tenho um comportamento tendencioso a infantilizar, ter pena principalmente de idosos que moram em lares, mas com a Dos Anjos foi diferente, elas nos acolheu de uma forma tão carinhosa que consegui polir meu comportamento e analisar as demandas, o que ela precisava de mim enquanto terapeuta ocupacional.
ANÁLISE DA ATIVIDADE – Maria dos Anjos 02/06/2014

Cachecol no tear
  1. Descrição (etapas e recursos):
  1. Recursos: Novelo de Lã, agulha de crochê nº 00, régua de 30 cm e tear de pregos;
  2. Etapas: Cortas vários pedaços de lã medida com a régua, esses pedaços será para a confecção das franjas. Dobre o fio cortado ao meio emparelhe as pontas e faça um nó na ponta. Assim formará duas cabecinhas, posicione cada cabecinha em um prego de cada lado. No último cordão colocar a ponta do novelo junto com a franja. Começar a confecção realizando um zig-zag sempre pulando um prego, chegando no ultimo prego volte cobrindo os pregos que foram alternados. Feito isso pegue a agulha e tire no prego a orelhinha de baixo de cada prego e vai puxar para cima de cada prego, fazendo isso com todos os pregos. Repita o processo do zig-zag, continuar o processo ate o tamanho que desejar. No final realizar o mesmo processo com as franjas para finalizar.


  1. Objetivos: Trabalhar atenção, concentração e colaborar na geração de renda.


  1. Aspectos Ambientais (físico, social e cultural): Recomenda-se ambiente arejado, cadeira com encosto confortável. A atividade leva a uma interação com a terapeuta ocupacional que estará orientando a idosa e com outras idosas que deseja aprender a confeccionar o cachecol. A idosa poderá também vender o mesmo.


  1. Segurança e Risco: Tomar cuidado com pregos, pois esses podem furar a idosa.




  1. Componente Sensorial: A atividade trabalhará o tátil devido a textura da lã, propriocepção observada na posição dos MMSS e força exercida para a realização da atividade, vestibular devido a sua postura para realizar a atividade, auditivo pra ouvir as orientações, olfatório, estereognosia para a percepção da lã, pregos e agulha, cinestesia percepção da atividade muscular e dos estímulos, resposta à dor caso haja algum incidente, esquema corporal, discriminação de D e E, constância da forma.

  1. Componente Neuro-Músculo-Esquelético: reflexos, ADM, tônus muscular, força, resistência, alinhamento postural.

  1. Componente Motor: Coordenação motora fina, lateralidade, preensões manuais, cruzamento à linha média, integração bilateral, práxis a própria atividade prática orientada e para determinado fim, controle motor.

  1. Aspectos Psíquicos: Resistência à frustração caso não consiga terminar o produto ou as dificuldades que sujam ao longo do processo, auto-estima, emocionais no caso de se sentir útil e competente.

  1. Aspectos Cognitivos: Memória, atenção/concentração, sequenciamento, limite e tolerância.


  1. Adaptação e Graduação: Mudar a cor, espessura ou modelo da lã, mudar o ponto do cachecol.

AULA 08: TECNICAS DE REMODELAGEM CICATRICIAL

Aula ministrada pelo professor pedro.
  • Lesão do tecido cutâneo: feridas (interrupção anatômica ou funcional da continuidade do tecido)
  • A cicatriz é a tentativa biológica de restaurar e reparar um tecido que apresenta solução de continuidade.
  • Pele é a nosso tecido de proteção do meio externo, e essencial para a termorregulação
    processo de cicatrização:
  • 1 fase inflamatória: formação do coágulo e proliferação de células inflamatórias (6 horas aproximadamente após a lesão)
  • Fase de fibropastia/ proliferação: produção de secreção fibroblástica, formação do tecido de granulação ( 48 horas após a lesão)
  • Fase de maturação ou contração da ferida: migração e proliferação, síntese de colágeno e maturação das fibras [elasticidade e força tensil] ( 21 dias após a lesão)
  • QUEIMADURAS: 

    superficiais (1 grau): vermelhidão, “descasco” em 1 semana ha regeneração, lesão simples, recuperação em 2 semanas em média.
    queimaduras (2 grau): bolhas e sente muita dor, restauração em 15 dias aproximadamente.
    queimaduras (3 grau): não doi, esbranquiçada, perde a camada germinativa, não doi pois acaba com a terminação nervosa, existe cicatrização do tecido. Encurtamento da pele como resposta, retração tecidual.

















  • Cicatriz patológica(produção excessiva de colágeno nos 2 tipos)
    Hipertrófica: Cicatrização excessiva mas não ultrapassa os limites da incisão.
    Queloides: Ultrapassam os limites, pouco responsiva ao tratamento, fibras mais desorientadas, alterações estruturais e bioquímicas.


  • Avaliação do tecido cutâneo:
    mecanismo de lesão (componentes do ferimento)
    características do paciente (idade, dominância, internutricional, medicações, suporte familiar).
  • Avaliação da ferida/ cicatriz:
    estágio cicatricial
    tamanho, edema, dor, temperatura, coloração
  • Remodelagem cicatricial: o objetivo é remodelar e favorecer o direcionamento das fibras de colágeno que se depositam nos processos cicatriciais (liberação da ferida, favorecer reabsorção de colágeno).

  • EDEMA: 

  • Edema: aumento de volume, permeabilidade vascular aumentada, perda de função.

    principais tratamentos para o edema: compreensão, posicionamento, gelo, movimentação ( que controla a dor e evita a rigidez).

MINHA VISÃO SOBRE A AULA: a aula foi ministrada pelo professor Pedro que tem um vasto conhecimento e experiências especializadas em reabilitação de membro superior, mão em especial, o que torna a aula dele muito enriquecedora, nós terapeutas ocupacionais temos características de reabilitação de mão, mas podemos e devemos atuar em todos os contextos dentro do serviço, tivemos uma continuidade e aprofundamos alguns assuntos que já tinham sido abordados em matérias ministradas anteriormente. O terapeuta ocupacional tem sim uma grande demanda nos serviços de alta complexidade dentro do contexto hospitalar, precisamos entender e ser inseridos nesses serviços.

Domínios e temáticas no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional: uma revisão da literatura brasileira de 1990 a 2006*
RESUMO: Este artigo se propõe a apresentar a produção do conhecimento no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional a partir de seus domínios e temáticas, através de estudo da produção científica brasileira de 1990 a 2006. Foi analisada a produção na forma de artigos de periódicos, capítulos de livro e resumos ampliados dos Anais de dois Congressos Brasileiros de Terapia Ocupacional, o que resultou num levantamento bibliográfico de 83 registros. O material analisado foi organizado em quatro domínios de atenção: gestante, puérpera e neonato; criança e adolescente em enfermarias pediátricas; adulto e idoso em hospital geral; pessoas com câncer e/ou
HIV/AIDs e; fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos do campo. As produções foram analisadas por domínio, construindo-se assim uma cartografia preliminar do campo e apresentando suas tendências e desafios.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se a revisão da literatura aponta para um importante potencial de trabalho no campo das práticas hospitalares, ela demonstra uma fragilidade na sua constituição dado ao ainda pequeno número de artigos e livros. Poucas das produções analisadas eram relativas a resultados de pesquisa, sendo a maioria composta de relatos de experiência e alguns textos de caráter didático. Este recorte de análise mostra também que a produção se concentra em alguns domínios e sub-domínios que acabam por utilizar arcabouços teóricos distintos e dialogam com diferentes atores do setor saúde organizados por suas especialidades. A produção em neonatologia e pediatria mostra um perfil mais constante, anteriormente fundado na promoção do desenvolvimento infantil através do brincar, mas, que recentemente tem se revigorado com as perspectivas trazidas pelo aporte da promoção de saúde, da integralidade das ações de saúde e dos recentes investimentos na humanização do cuidado trazido pela Política Nacional de Humanização. A produção sobre o hospital geral de adultos, seja em relação ao trabalho em enfermarias, ambulatórios ou programas de atendimento domiciliário, ainda apresenta uma dispersão por especialidades e uma produção insuficiente em artigos,
embora tenha havido um aumento de produção em resumos ampliados em congressos. Há pouco diálogo da produção deste domínio com a política de saúde e as propostas de humanização do cuidado, sendo ainda o relato de experiências pontuais o que caracteriza a produção do domínio.

REFERÊNCIAS:

GALHEIGO, S. M. Domínios e temáticas no campo das práticas hospitalares em terapia ocupacional:uma revisão da literatura brasileira de 1990 a 2006. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.18,n. 3, p. 113-121, set./dez. 2007.


AULA 07: TERAPIA OCUPACIONAL NA HOSPITALIZAÇÃO SEGUNDO CICLO VITAL- ADULTO E VELHICE (APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO)


  • Fase adulta: fenômeno do desenvolvimento humano, apresenta-se com novas responsabilidades, novos referenciais de existência, novas conquistas, busca de um maior entendimento desta importante e mais abrangente etapa da vida humana, considera-se que a vida adulta inicia-se aos 20 anos, a fase adulta é dividida em 2
    idade adulta jovem ( dos 20 aos 40 anos aproximadamente), não é clara a passagem emocional para a vida adulta, seu inicio é complexo e depende de uma série de fatores externos.
    idade adulta média ( dos 40 aos 60 anos), mudança séria nas prioridades daqueles que chegam nessa idade, onde responsabilidade e aventuras por vezes ainda se entrechocam.
    idade adulta avançada ou terceira idade ( dos 60 anos em diante) com a melhoria na qualidade de vida para muitas essa é a “melhor idade”.
    Os recursos utilizados na internação adulta e velhice podem ser muitos: atividades artísticas e artesanais, exercícios terapêuticos, órteses, e na velhice um recurso muito utilizado são objetos adaptados que promovem uma maior autonomia e prevenção de quedas que são muito comum nessa idade.
O declínio da mortalidade associado a queda da fecundidade ao longo dos últimos anos produz grande mudança na distribuição etária da população, com diminuição da participação da faixas mais jovens, aumento dos adultos e uma proporção crescente de idosos, assim como a elevação considerável da esperança de vida.
  • Doenças que mais afetam essa faixa etária:
    Obesidade
    câncer
    aids
    diabetes
    tabagismo
    dengue
    hepatite C
    hipertensão
A partir de dados do DATASUS observamos as doenças que mais causaram internação no ano de 2012.
pneumonia
câncer
complicações no parto
fraturas
insuficiências cardíaca
diarreia
doenças esquêmicas do coração
doenças da pele
diabetes
AVC
esquizofrenia
febre viral
dengue
algo muito importante que nós profissionais da saúde sempre temos que observar nos nossos pacientes hospitalizados, principalmente de longa permanência são os efeitos que a síndrome do imobilismo pode causar, a síndrome causa alterações no sistema osteo-muscular, dificultando a realização das atividades diárias, e causando as úlceras de pressão. As intervenção nesse contexto tem como objetivo: avaliar, manter e recuperar a independência, função motora e sensorial, melhoria da posição e transferência no leito.

MINHA VISÃO SOBRE A AULA: fiz parte do grupo que apresentou esse seminário, sabemos as mudanças fisiológicas e psíquicas que a idade adulta, e velhice causam no sujeito, mas somente estudando a fundo, pesquisando, conhecendo que podemos ter embasamento teórico para intervir com esses pacientes, as rupturas são enormes, as consequências dessas rupturas com o cotidiano muitas vezes implica em toda uma mudança da dinâmica familiar que muitas vezes causa no paciente um sentimento de incapacidade. Nós enquanto terapeutas ocupacionais precisamos analisar todo o contexto, toda a singularidade, os efeitos que essa internação está causando na vida do nosso paciente, tanto no âmbito emocional quanto no físico, por exemplo na prevenção para que a síndrome do imobilismo não torne mais grave o quadro clínico do nosso paciente, a partir disso pesquisei artigos científicos que analisassem o impacto da internação na vida do paciente.

Impacto funcional da internação hospitalar de pacientes idosos.
Resumo
(Objetivo): Descrever as alterações da capacidade funcional de idosos durante a internação hospitalar e o grau de associação dessas alterações na ocasião da alta hospitalar a variáveis sociodemográficas e clínicas.
(Métodos): Foram estudados 94 pacientes internados em enfermaria geriátrico gerontológica de um hospital escola, com idades entre 65 e 94 anos. A primeira avaliação da capacidade funcional (número de atividades cotidianas comprometidas) dos idosos foi realizada em até 24 horas da entrada do paciente e a última, imediatamente após a alta. Os pacientes sofreram intervenções terapêuticas rotineiras por equipe interdisciplinar. Os dados foram analisados pelo teste qui quadrado, tanto para a linha de base como em relação à análise dos resultados obtidos com a internação hospitalar (α≤0,05).
(Resultados): Dos pacientes estudados, 25,6% obtiveram melhora na capacidade funcional, 34,0%
não sofreram alterações funcionais, 19,1% pioraram funcionalmente e 21,3% faleceram durante o período. Houve correlação significante entre a piora funcional e a presença déficit cognitivo, delirium e baixa capacidade funcional na entrada no hospital.
(Conclusões): A capacidade funcional é um importante marcador de saúde em idosos hospitalizados. A melhora funcional durante a internação está associada a menores dificuldades nas
atividades diárias referidas no momento da entrada no hospital e melhores condições clínicas.

REFERÊNCIAS:
SIQUEIRA, Ana Barros et al . Impacto funcional da internação hospitalar de pacientes idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 38, n. 5, Oct. 2004 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000500011&lng=en&nrm=iso>. access on 25 June 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000500011.


AULA 06: TERAPIA OCUPACIONAL NA HOSPITALIZAÇÃO SEGUNDO CICLO VITAL- INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA (APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO)
















A turma foi dividida em dois grandes grupos, no primeiro dia apresentaram os ciclos infância e adolescência, aspectos físicos e psicológicos.


    INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA:
  • Segundo Piaget o desenvolvimento humano ocorre em estágios e são eles:
    → Sensório motor (0 a 2 anos) forma de explorar o ambiente baseado em estímulos manuais, fase da ação e reação.
    → Pré operacional (2 a 7 anos) mistura da realidade com fantasia, não tem noção de conservação, inicio do aspecto social.
    → Operacional concreto (7 a 12 anos) pensamentos mais lógicos, maior flexibilidade mental para reconhecer as regras dos jogos, capacidade de reconhecer o sentimento dos outros.
    → Operacional formal (12 anos em diante) pensamento dedutivo, hipotético e lógico propõe novos códigos e condutas.

  • Adolescência-aspectos físicos: A puberdade tem seu início entre 9 e 14 anos para os meninos, e entre 8 e 13 para as meninas.
  • As principais transformações físicas biológicas que acontecem nessa fase são:
    → Desenvolvimento da genitália
    → aparecimento dos caracteres sexuais secundários
    → alteração na distribuição da gordura corporal
  • Doenças mais comuns na infância:
    → laringite
    → otite
    → amigdalite
    → conjuntivite
    → infecção urinária
    → diarreia
  • Doenças mais comuns na adolescência:
    → dor de cabeça
    → cólica forte
    → tendinite
    → bulimia
    → doenças sexualmente transmissíveis (DTS)
    → gastrite
    → anorexia
    → transtornos ansiosos e depressivos


  • A lei N 11.104, de 21 de março de 2005, que “0briga” todos os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico a implantarem brinquedotecas em suas dependências.
  • Objetivos principais do terapeuta ocupacional que atua no contexto hospitalar voltado para a infância: Se preocupar com o emocional do paciente, amplitude de movimento, controle e alinhamento postural, coordenação motora fina e grossa, lateralidade e cruzamento da linha média.
    MINHA VISÂO SOBRE A AULA: sabemos que a internação causa uma drástica ruptura no cotidiano do paciente, na infância e adolescência essa quebra implica no isolamento, enfraquecimento da rede de apoio, e nós terapeutas ocupacionais precisamos entender o funcionamento, o desenvolvimento do indivíduo criança e adolescente sem patologias para poder intervir de maneira adequada quando alguma patologia acometer esse indivíduo, sabendo desenvolver intervenções eficaz e apropriadas para a idade do paciente. Através de estudos pesquisados encontrei um artigo científico que cita o impacto da hospitalização em crianças de um a cinco anos de idade.
  • O IMPACTO DA HOSPITALIZAÇÃO EM CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE IDADE
O presente trabalho se propõe a identificar as reações físicas e emocionais das crianças de 1 a 5 anos. A população alvo constou de 56 crianças internadas no Hospital Pediátrico Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira, no Crato, Ceará. Os dados foram obtidos a partir de um formulário especialmente construído para a pesquisa e da observação. Os resultados demonstraram que o grupo de crianças que tiveram acompanhantes durante a hospitalização apresentou menor freqüência de reações físicas, tais como: choro, vômitos, diarréia, taquicardia, inapetência, insônia, enurese noturna, e emocionais tais como: indiferença, medo, apatia, agressividade e irritabilidade, do que o grupo de crianças, sem acompanhantes, durante a internação. Os acompanhantes das crianças mostraram-se cooperativos com a equipe de saúde. Concluímos que se deve exigir dos governantes políticas públicas que privilegiem a criança, especialmente no que diz respeito ao direito de permanecer com um familiar quando em situação de internamento hospitalar.
Método
Amostra
Participaram 56 crianças de 1 a 5 anos de idade, internadas no Hospital Pediátrico Monsenhor Pedro Rocha, no município do Crato, estado do Ceará, por um período de três meses. Dessas, 28 crianças estavam internadas com acompanhamento de familiares e 28 não dispunham de acompanhantes.
O critério de idade foi adotado, tendo em vista, ser nesta idade, que os efeitos da hospitalização são
mais evidentes, durante a internação (Farias e cols., 2003).
Instrumento
Os dados foram obtidos a partir de um formulário e de observação in loco.
O formulário abordava os seguintes aspectos: identificação da criança (sexo, idade, tempo de internação, se estava com acompanhamento familiar) e as reações físicas (por exemplo: choro, crise de vômito, inapetência) e emocionais (por exemplo: indiferença, apatia, medo, agressividade) demonstradas pela criança durante a internação. Constava, também, de um item que fazia menção às reações demonstradas pelos acompanhantes das crianças durante a internação.
pode-se verificar que, no grupo de crianças com acompanhamento familiar durante a internação, a enurese noturna foi a reação física mais freqüente com 30,8% dos comportamentos observados, seguida do choro com 25,6%, inapetência 12,9%, taquicardia 11,5%, insônia 8,9%, crises de vômitos 6,5% e hipertermia 3,8%. Quanto às crianças que ficaram hospitalizadas sem acompanhamento familiar, verificou-se que, das reações físicas observadas, a mais freqüente foi o choro com 22,8%, seguida pela enurese noturna 20,4%, inapetência 14,6%, taquicardia 13,8%, insônia 13%, vômito 8,1% e hipertermia 7,3%. Considerando os dois grupos, crianças hospitalizadas com acompanhantes e sem acompanhantes, os resultados mostraram que as reações físicas se apresentaram da seguinte forma: enurese noturna 24,4%; choro 23,9%, inapetência 13,9%, taquicardia 12,9%, insônia 11,5%, vômito 7,4% e hipertermia 6% dos comportamentos observados. Apesar da enurese noturna ser a reação física de maior frequência no resultado geral dos dois.
Considerações Finais
Neste artigo, argumenta-se a importância da presença de um acompanhante durante o período de hospitalização da criança, tendo como demonstração os resultados das reações físicas e emocionais apresentadas pelas crianças. Como se pôde ver, as crianças hospitalizadas sem acompanhamento manifestaram mais reações físicas (inapetência, taquicardia, insônia, vomito) e emocionais (irritabilidade e agressividade) do que as crianças acompanhadas. Entretanto, apesar de se saber que o alojamento conjunto acompanhante/criança seja relevante para a superação do impacto da hospitalização e para a rápida recuperação das crianças internadas, o que se percebe é que as situações de infra-estrutura dos hospitais conveniados com o Sistema Único de Saúde – SUS inviabilizam a presença dos acompanhantes na internação. Todavia, Novaes (1998) e Mitre (2000) reinteram que, quando os pais não puderem estabelecer o alojamento conjunto, eles devem deixar artigos domiciliares preferidos com a criança, como por exemplo, um cobertor, brinquedo, mamadeira, utensílio de alimentação ou peça de vestuário. A importância de objetos preciosos para as crianças em idade escolar é frequentemente desprezada ou criticada por profissionais de saúde. Esses objetos ajudam as crianças a se sentirem mais confortáveis em um ambiente estranho. Ademais, as atitudes de cooperação da família, contribuem, sobremaneira, para a melhor condução do tratamento da criança. Portanto, um serviço hospitalar, eficaz, também deve contemplar a orientação aos acompanhantes, quanto aos procedimentos e normas do hospital, de forma a conseguir a cooperação e a participação destes, durante a hospitalização das crianças (Collet & Rocha, 2004). As crianças que experimentam hospitalização prolongada ou repetida encontram-se em maior risco de retardo de desenvolvimento, portanto uma meta importante nos cuidados para a criança hospitalizada é minimizar as ameaças para o seu desenvolvimento. Os resultados desta pesquisa poderão servir como um propulsor, principalmente na comunidade onde foi realizada, de reivindicação junto aos órgãos oficiais de saúde, no sentido de exigir o cumprimento, de forma digna, da Lei 8.069/1990 que permite a permanência dos pais nos casos de internação de crianças e adolescentes.

REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, Gislene Farias de; DANTAS, Francisco Danilson Cruz; FONSECA, Patrícia Nunes da. O impacto da hospitalização em crianças de 1 a 5 anos de idade. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 7, n. 2, dez. 2004 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582004000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 jun. 2014.