quinta-feira, 26 de junho de 2014

AULA 03: RECURSOS TERAPEUTICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR







Sorteamos a atividade pintura e a população: adultos em um centro de quimioterapia. Discutimos e chegamos a um consenso o grupo escolheu a maquiagem como o recurso terapêutico que iriamos utilizar. Abrão (2011) salienta que as cores ao afetar o sistema nervoso provocam mudanças no organismo captando o estímulo colorido e conduzindo até o cérebro sensações variadas como alegria, suavidade, melancolia, vivacidade entre muitas outras produzindo modificações fisiológicas. O câncer de maneira geral é uma doença que causa muitas mudanças na vida do individuo, na sua rotina e no seu próprio corpo, Estudos têm apontado que a primeira preocupação da mulher e sua família após receberem o diagnóstico do câncer de mama é a sobrevivência. Em seguida surge a preocupação com o tratamento e condições econômicas para realizá-lo; e quando o tratamento está em andamento, as inquietações se voltam para a mutilação, a desfiguração e suas conseqüências para a vida sexual da mulher (Carver, 1993; Duarte & Andrade, 2003; Gandini, 1995; Gimenes & Queiroz, 2000). São usados como forma de tratamentos quimioterápicos que afetam de maneira agressiva o organismo, e quase sempre causam efeitos colaterais fortes que impedem o paciente de exercer suas atividades cotidianas de forma completa. Os efeitos colaterais mais comuns são a queda de cabelo e palidez profunda, que causa principalmente em mulheres uma baixa autoestima. Estudos prospectivos que avaliaram a qualidade de vida de mulheres submetidas à mastectomia demonstraram que elas sentiram piora não só na imagem corporal, mas também na vida sexual, limitações no trabalho e até mesmo mudanças nos hábitos e atividades de vida diária (Engel et al., 2004; Ganz et al., 2004), A partir disso escolhemos a maquiagem como forma de pintura na tentativa de combater a baixa autoestima desses pacientes, e treino de ADM. A maquiagem é um recurso amplo que pode ser explorada de várias maneiras com o paciente, com uma grande variedade de cores como sombras, batons, blush, base, pó compacto, etc. A ideia principal é promover no paciente a auto maquiagem, para que eles tenham domínio e conhecimento do próprio corpo, e que possa ter a certeza que mesmo passando por um processo tão agressivo como o câncer, a autoestima pode e deve permanecer elevada. Apresentamos a nossa proposta de intervenção e logo após assistimos as propostas dos outros grupos que fora:
Grupo 01: colagem para mulheres com AVE, o grupo apresentou formas e materias para estimular os movimentos perdidos ou prejudicados.
Grupo 02: população sorteada: indivíduos com precaução de contato, apresentaram a atividade jogo da memoria, o grupo elaborou um jogo com possibilidade de higienização após o uso por conta das restrições do paciente.
Grupo 03: Recurso utilizado jogo de dominó, estimular o brincar, feito de material que pode ser higienizado, e cuidados relacionados ao tamanho das peças, foram apresentados dominós alternativos com bichos, fotos, adaptado para que promovesse um maior interesse das crianças.


MINHA VISÃO SOBRE A AULA: O câncer é uma doença que causa muitas mudanças bruscas na rotina do paciente, os medicamentos causam efeitos colaterais péssimos, quase sempre a queda de cabelo faz com que principalmente as mulheres fiquem mais fragilizadas emocionalmente, e com uma queda na autoestima, eu enquanto terapeuta ocupacional me imagino criando laços com o meu paciente, e a maquiagem é uma atividade terapêutica que ira trabalhar tanto as questões pessoais dos pacientes, como a interação profissional X paciente, que é muito importante para que ao longo do tratamento o paciente crie uma rede de confiança com o terapeuta ocupacional.


 REFERÊNCIAS:

Carver, S. C. (1993). How coping mediates the effects of optimism on distress: A study of woman with early stage breast cancer. Journal of Personality and Social Psychology, 65(2), 375-389.
Engel, J, Kerr, J, Schlesinger-Raab, A, Sauer, H & Hölzel, D. (2004). Quality of life following breast-conserving therapy or mastectomy: Results of a 5-year prospective study. Breast Journal, 10(3), 223-231.

LUCIA Cecilia da Silva. CÂNCER DE MAMA E SOFRIMENTO PSICOLÓGICO: ASPECTOS RELACIONADOS AO FEMININO



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