Sorteamos
a atividade pintura e a população: adultos em um centro de
quimioterapia. Discutimos e chegamos a um consenso o grupo escolheu a
maquiagem como o recurso terapêutico que iriamos utilizar. Abrão
(2011) salienta que as cores ao afetar o sistema nervoso provocam
mudanças no organismo captando o estímulo colorido e conduzindo até
o cérebro sensações variadas como alegria, suavidade, melancolia,
vivacidade entre muitas outras produzindo modificações
fisiológicas. O câncer de maneira geral é
uma doença que causa muitas mudanças na vida do individuo,
na sua rotina e no
seu próprio corpo, Estudos têm
apontado que a primeira preocupação da mulher e sua família após
receberem o diagnóstico do câncer de mama é a sobrevivência. Em
seguida surge a preocupação com o tratamento e condições
econômicas para realizá-lo; e quando o tratamento está em
andamento, as inquietações se voltam para a mutilação, a
desfiguração e suas conseqüências para a vida sexual da mulher
(Carver, 1993; Duarte & Andrade, 2003; Gandini, 1995; Gimenes &
Queiroz, 2000). São usados como forma
de tratamentos quimioterápicos que afetam de maneira agressiva o
organismo, e quase sempre causam efeitos colaterais fortes que
impedem o paciente de exercer suas atividades cotidianas de forma
completa. Os efeitos colaterais mais comuns são a queda de cabelo e
palidez profunda, que causa principalmente em mulheres uma baixa
autoestima.
Estudos prospectivos que avaliaram a
qualidade de vida de mulheres submetidas à mastectomia demonstraram
que elas sentiram piora não só na imagem corporal, mas também na
vida sexual, limitações no trabalho e até mesmo mudanças nos
hábitos e atividades de vida diária (Engel et al., 2004; Ganz et
al., 2004), A partir disso escolhemos a
maquiagem como forma de pintura na tentativa de combater a baixa
autoestima
desses pacientes, e treino de ADM. A
maquiagem é um recurso amplo que pode ser explorada de
várias maneiras com o paciente, com uma
grande variedade de cores como sombras, batons, blush, base, pó
compacto, etc. A ideia
principal é promover no paciente a auto maquiagem, para que
eles tenham domínio e conhecimento do próprio corpo, e que possa
ter a certeza que mesmo passando por um processo tão agressivo como
o câncer, a autoestima
pode e deve permanecer elevada. Apresentamos
a nossa proposta de intervenção e logo após assistimos as
propostas dos outros grupos que fora:
Grupo
01: colagem para mulheres com AVE, o grupo apresentou formas e
materias para estimular os movimentos perdidos ou prejudicados.
Grupo
02: população sorteada: indivíduos com precaução de contato,
apresentaram a atividade jogo da memoria, o grupo elaborou um jogo
com possibilidade de higienização após o uso por conta das
restrições do paciente.
Grupo
03: Recurso utilizado jogo de dominó, estimular o brincar, feito de
material que pode ser higienizado, e cuidados relacionados ao tamanho
das peças, foram apresentados dominós alternativos com bichos,
fotos, adaptado para que promovesse um maior interesse das crianças.
MINHA
VISÃO SOBRE A AULA: O câncer é uma doença que causa muitas
mudanças bruscas na rotina do paciente, os medicamentos causam
efeitos colaterais péssimos, quase sempre a queda de cabelo faz com
que principalmente as mulheres fiquem mais fragilizadas
emocionalmente, e com uma queda na autoestima, eu enquanto terapeuta
ocupacional me imagino criando laços com o meu paciente, e a
maquiagem é uma atividade terapêutica que ira trabalhar tanto as
questões pessoais dos pacientes, como a interação profissional X
paciente, que é muito importante para que ao longo do tratamento o
paciente crie uma rede de confiança com o terapeuta ocupacional.
REFERÊNCIAS:
Carver,
S. C. (1993). How coping mediates the effects of optimism on
distress: A study of woman with early stage breast cancer. Journal of
Personality and Social Psychology, 65(2), 375-389.
Engel,
J, Kerr, J, Schlesinger-Raab, A, Sauer, H & Hölzel, D. (2004).
Quality of life following breast-conserving therapy or mastectomy:
Results of a 5-year prospective study. Breast Journal, 10(3),
223-231.
LUCIA Cecilia da Silva. CÂNCER DE MAMA E SOFRIMENTO PSICOLÓGICO:
ASPECTOS RELACIONADOS AO FEMININO
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