quinta-feira, 26 de junho de 2014

AULA 07: TERAPIA OCUPACIONAL NA HOSPITALIZAÇÃO SEGUNDO CICLO VITAL- ADULTO E VELHICE (APRESENTAÇÃO DE SEMINÁRIO)


  • Fase adulta: fenômeno do desenvolvimento humano, apresenta-se com novas responsabilidades, novos referenciais de existência, novas conquistas, busca de um maior entendimento desta importante e mais abrangente etapa da vida humana, considera-se que a vida adulta inicia-se aos 20 anos, a fase adulta é dividida em 2
    idade adulta jovem ( dos 20 aos 40 anos aproximadamente), não é clara a passagem emocional para a vida adulta, seu inicio é complexo e depende de uma série de fatores externos.
    idade adulta média ( dos 40 aos 60 anos), mudança séria nas prioridades daqueles que chegam nessa idade, onde responsabilidade e aventuras por vezes ainda se entrechocam.
    idade adulta avançada ou terceira idade ( dos 60 anos em diante) com a melhoria na qualidade de vida para muitas essa é a “melhor idade”.
    Os recursos utilizados na internação adulta e velhice podem ser muitos: atividades artísticas e artesanais, exercícios terapêuticos, órteses, e na velhice um recurso muito utilizado são objetos adaptados que promovem uma maior autonomia e prevenção de quedas que são muito comum nessa idade.
O declínio da mortalidade associado a queda da fecundidade ao longo dos últimos anos produz grande mudança na distribuição etária da população, com diminuição da participação da faixas mais jovens, aumento dos adultos e uma proporção crescente de idosos, assim como a elevação considerável da esperança de vida.
  • Doenças que mais afetam essa faixa etária:
    Obesidade
    câncer
    aids
    diabetes
    tabagismo
    dengue
    hepatite C
    hipertensão
A partir de dados do DATASUS observamos as doenças que mais causaram internação no ano de 2012.
pneumonia
câncer
complicações no parto
fraturas
insuficiências cardíaca
diarreia
doenças esquêmicas do coração
doenças da pele
diabetes
AVC
esquizofrenia
febre viral
dengue
algo muito importante que nós profissionais da saúde sempre temos que observar nos nossos pacientes hospitalizados, principalmente de longa permanência são os efeitos que a síndrome do imobilismo pode causar, a síndrome causa alterações no sistema osteo-muscular, dificultando a realização das atividades diárias, e causando as úlceras de pressão. As intervenção nesse contexto tem como objetivo: avaliar, manter e recuperar a independência, função motora e sensorial, melhoria da posição e transferência no leito.

MINHA VISÃO SOBRE A AULA: fiz parte do grupo que apresentou esse seminário, sabemos as mudanças fisiológicas e psíquicas que a idade adulta, e velhice causam no sujeito, mas somente estudando a fundo, pesquisando, conhecendo que podemos ter embasamento teórico para intervir com esses pacientes, as rupturas são enormes, as consequências dessas rupturas com o cotidiano muitas vezes implica em toda uma mudança da dinâmica familiar que muitas vezes causa no paciente um sentimento de incapacidade. Nós enquanto terapeutas ocupacionais precisamos analisar todo o contexto, toda a singularidade, os efeitos que essa internação está causando na vida do nosso paciente, tanto no âmbito emocional quanto no físico, por exemplo na prevenção para que a síndrome do imobilismo não torne mais grave o quadro clínico do nosso paciente, a partir disso pesquisei artigos científicos que analisassem o impacto da internação na vida do paciente.

Impacto funcional da internação hospitalar de pacientes idosos.
Resumo
(Objetivo): Descrever as alterações da capacidade funcional de idosos durante a internação hospitalar e o grau de associação dessas alterações na ocasião da alta hospitalar a variáveis sociodemográficas e clínicas.
(Métodos): Foram estudados 94 pacientes internados em enfermaria geriátrico gerontológica de um hospital escola, com idades entre 65 e 94 anos. A primeira avaliação da capacidade funcional (número de atividades cotidianas comprometidas) dos idosos foi realizada em até 24 horas da entrada do paciente e a última, imediatamente após a alta. Os pacientes sofreram intervenções terapêuticas rotineiras por equipe interdisciplinar. Os dados foram analisados pelo teste qui quadrado, tanto para a linha de base como em relação à análise dos resultados obtidos com a internação hospitalar (α≤0,05).
(Resultados): Dos pacientes estudados, 25,6% obtiveram melhora na capacidade funcional, 34,0%
não sofreram alterações funcionais, 19,1% pioraram funcionalmente e 21,3% faleceram durante o período. Houve correlação significante entre a piora funcional e a presença déficit cognitivo, delirium e baixa capacidade funcional na entrada no hospital.
(Conclusões): A capacidade funcional é um importante marcador de saúde em idosos hospitalizados. A melhora funcional durante a internação está associada a menores dificuldades nas
atividades diárias referidas no momento da entrada no hospital e melhores condições clínicas.

REFERÊNCIAS:
SIQUEIRA, Ana Barros et al . Impacto funcional da internação hospitalar de pacientes idosos. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 38, n. 5, Oct. 2004 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000500011&lng=en&nrm=iso>. access on 25 June 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000500011.


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