segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

AULA: TERAPIA OCUPACIONAL NA UTI ADULTO

unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar".
            O PACIENTE:  Paciente grave: paciente com comprometimento de um ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com perda de sua autorregulação, necessitando de assistência contínua. Privação sensorial, dificuldade de comunicação, e de contato com pessoas próximas.
DECONFORTO...
ü  Inúmeros equipamentos
ü  Estímulo sonoro constate : equipe, equipamentos
ü  Estímulo Luminoso constante
ü  Falta de intimidade/ individualidade
ü  Vida Privada ≠ Vida Pública
ü  Concebida pelos familiares e pacientes
ü  Desconhecido e estigmatizado
ü  Morte eminente
ü  Fechado e isolado
ü  Percepção Prévia da UTI – angústia, medo, incerteza
ü  Atendimento diferenciado de outras enfermarias – positiva
ü  Presença da equipe
ü  Tecnologia e Assistência Especializada – Tratamento e Recuperação
ü  Alterações de Ambientes e Hábitos


MINHA VISÃO SOBRE A AULA:   A aula começou com um breve resumo sobre o que é uma UTI tanto nos aspectos físicos, como a equipe necessária nesse ambiente, eu pude perceber e refletir, que a hospitalização causa um sofrimento muito grande no paciente, e a hospitalização na UTI causa um sofrimento muito maior no paciente consciente pois é um ambiente de total privação, ruídos, luminosidade, individualidade totalmente desprezada, rotina quebrada (muitas vezes sem percepção de horário). E no paciente não consciente esse sofrimento transfere para a família, onde sofrem constantemente em um ambiente onde não pode ter acompanhantes somente visitas, onde o medo pela morte é constante, a não comunicação com o paciente os deixa aflito.
BASES TEÓRICAS: As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são ambientes destinados ao atendimento de pacientes graves, com potencial risco de morte, que necessitam de atendimento ininterrupto. São caracterizadas, muitas vezes, como um ambiente relacionado ao sofrimento e a morte. Assim, a internação em UTI implica em uma situação de grande estresse. A UTI não é vista como um local de tratamento e recuperação para a vida, mas relacionada com a tristeza e angústia, dor física e subjetiva, dependência física, perda da noção do tempo e morte.
            A equipe de saúde e o atendimento humanizado podem contribuir para amenizar os sentimentos de angústia do paciente em estado crítico, oferecendo apoio e suporte emocional necessário ao enfrentamento do processo vivido, sendo crucial para a redução do sentimento de medo destes pacientes. As experiências vividas em uma UTI são geralmente traumáticas e faz-se necessário um trabalho multiprofissional para minimizar os seus efeitos. A comunicação
e o estabelecimento de vínculo podem ser os instrumentos facilitadores da assistência. A comunicação terapêutica tem a finalidade de identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para melhorar a prática profissional. Além disso, o vínculo e a relação de confiança são necessários para o paciente diminuir o medo, a ansiedade e permitir, à pessoa fragilizada pela doença, lutar por seu restabelecimento com dignidade.
            Diante disso, conhecer a percepção dos pacientes sobre a internação em UTI pode contribuir para melhoria na qualidade da assistência e facilitar a adaptação em um ambiente tão estigmatizado, porém há necessidade de perceber o paciente, questioná-lo sobre as dúvidas, observar-lhe as reações e comportamentos, entender-lhe as emoções.




REFERÊNCIAS: Proença MO, Dell Agnolo CM. Internação em Unidade de Terapia Intensiva: percepção de pacientes. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 jun;32(2):279-86.

Nenhum comentário:

Postar um comentário