O cuidado é próprio da
existência humana em todas as suas dimensões, compreendendo todas as
possibilidades da existência vinculadas às coisas e aos homens. Quando falamos
em ética profissional não podemos esquecer que o profissional também é um ser
humano com suas particularidades, crenças, preconceitos, costumes, hábitos, mas
isso não pode afetar no processo de recuperação do paciente.
MINHA VISÃO SOBRE A
AULA: fizemos uma resenha bem extensa porém necessária sobre os tipos de
raciocínio clínico, as práticas, a relação terapêutica, a empatia. O texto
tenta mostrar que o raciocínio clínico é algo que o terapeuta ocupacional
aprende na prática, porém é necessário nunca deixar de lado o olhar humano, o
contexto da situação. A ética serve como apoio para o profissional, e na
discussão em sala de aula chegamos a algumas conclusões, entre elas que devemos
sempre dosar o beneficio e o malefício que a minha intervenção enquanto
terapeuta ocupacional vai causar no paciente, e que alguns princípios da
bioética sempre devem ser observados e levados em consideração como:
ü
Autonomia
ü
Não
maleficência
ü
Beneficio
ü
justiça
ü
equidade
BASES TEÓRICAS: A prática dos
profissionais de saúde, no âmbito hospitalar, vem desumanizando-se frente à
atenção à doença, e não ao ser doente, à complexificação tecnológica crescente
associada ao crescimento de custos. A ética requer a implementação de um
processo reflexivo acerca dos princípios, valores, direitos e deveres que regem
a prática dos profissionais de saúde, inserindo-se, aí, a dimensão de um cuidado
entendido como humanizado.
Em virtude do acelerado processo técnico
e científico no contexto da saúde, a dignidade da pessoa humana, com
freqüência, parece ser relegada a um segundo plano. A doença, muitas vezes,
passou a ser o objeto do saber reconhecido cientificamente, desarticulado do
ser que a abriga e no qual ela se desenvolve. Também, os profissionais da área
da saúde parecem gradativamente desumanizar-se, favorecendo a desumanização de
sua prática. Desse modo, a ética, por enfatizar os valores, os deveres e
direitos, o modo como os sujeitos se conduzem nas relações, constitui-se numa
dimensão fundamental para a humanização hospitalar. A humanização, então,
requer um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que norteiam a
prática profissional, pressupondo, além de um tratamento e cuidado digno,
solidário e acolhedor por parte dos profissionais da saúde ao seu principal
objeto de trabalho – o doente/ser fragilizado –, uma nova postura ética que
permeie todas as atividades profissionais e processos de trabalho
institucionais. Nessa perspectiva, diversos profissionais, diante dos dilemas
éticos decorrentes, demonstram estar cada vez mais à procura de respostas que
lhes assegurem a dimensão humana das relações profissionais, principalmente as associadas
à autonomia, à justiça e à necessidade de respeito à dignidade da pessoa
humana.
Implementar um processo de humanização
no campo interdisciplinar da saúde, fundamentado na ética, implica o resgate da
dimensão humana das/ nas relações de trabalho e a sua permanente
problematização. A ética pode contribuir significativamente para a humanização
do ambiente hospitalar, para práticas que respeitem a condição de sujeito dos
seres humanos, sejam cuidadores, sejam seres sob cuidado profissional, sua dignidade,
valores, direitos, deveres. A humanização hospitalar como expressão da ética
requer, em suma, a prévia formulação de políticas organizacionais e sociais
justas que considerem os seres humanos e seus direitos. Isso significa
valorizar a humanidade no trabalhador, favorecendo o desenvolvimento de sua
sensibilidade e competência, com mudanças nas práticas profissionais, de modo a
reconhecer a singularidade dos pacientes, encontrando, junto a eles,
estratégias que facilitem a compreensão e o enfrentamento do momento vivido.
“ O CUIDADO É A ESSÊNCIA CONCRETA DO SER
HUMANO”.
“É com o coração (sentimento)
que se vê corretamente, o essencial é invisível aos olhos”
Enfermagem 2006 janeiro-fevereiro; 14(1):132-5.
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