segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

AULA: A ÉTICA DO CUIDADO

O cuidado é próprio da existência humana em todas as suas dimensões, compreendendo todas as possibilidades da existência vinculadas às coisas e aos homens. Quando falamos em ética profissional não podemos esquecer que o profissional também é um ser humano com suas particularidades, crenças, preconceitos, costumes, hábitos, mas isso não pode afetar no processo de recuperação do paciente.
MINHA VISÃO SOBRE A AULA: fizemos uma resenha bem extensa porém necessária sobre os tipos de raciocínio clínico, as práticas, a relação terapêutica, a empatia. O texto tenta mostrar que o raciocínio clínico é algo que o terapeuta ocupacional aprende na prática, porém é necessário nunca deixar de lado o olhar humano, o contexto da situação. A ética serve como apoio para o profissional, e na discussão em sala de aula chegamos a algumas conclusões, entre elas que devemos sempre dosar o beneficio e o malefício que a minha intervenção enquanto terapeuta ocupacional vai causar no paciente, e que alguns princípios da bioética sempre devem ser observados e levados em consideração como:
ü  Autonomia
ü  Não maleficência
ü  Beneficio
ü  justiça
ü  equidade
BASES TEÓRICAS: A prática dos profissionais de saúde, no âmbito hospitalar, vem desumanizando-se frente à atenção à doença, e não ao ser doente, à complexificação tecnológica crescente associada ao crescimento de custos. A ética requer a implementação de um processo reflexivo acerca dos princípios, valores, direitos e deveres que regem a prática dos profissionais de saúde, inserindo-se, aí, a dimensão de um cuidado entendido como humanizado.
Em virtude do acelerado processo técnico e científico no contexto da saúde, a dignidade da pessoa humana, com freqüência, parece ser relegada a um segundo plano. A doença, muitas vezes, passou a ser o objeto do saber reconhecido cientificamente, desarticulado do ser que a abriga e no qual ela se desenvolve. Também, os profissionais da área da saúde parecem gradativamente desumanizar-se, favorecendo a desumanização de sua prática. Desse modo, a ética, por enfatizar os valores, os deveres e direitos, o modo como os sujeitos se conduzem nas relações, constitui-se numa dimensão fundamental para a humanização hospitalar. A humanização, então, requer um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que norteiam a prática profissional, pressupondo, além de um tratamento e cuidado digno, solidário e acolhedor por parte dos profissionais da saúde ao seu principal objeto de trabalho – o doente/ser fragilizado –, uma nova postura ética que permeie todas as atividades profissionais e processos de trabalho institucionais. Nessa perspectiva, diversos profissionais, diante dos dilemas éticos decorrentes, demonstram estar cada vez mais à procura de respostas que lhes assegurem a dimensão humana das relações profissionais, principalmente as associadas à autonomia, à justiça e à necessidade de respeito à dignidade da pessoa humana.
Implementar um processo de humanização no campo interdisciplinar da saúde, fundamentado na ética, implica o resgate da dimensão humana das/ nas relações de trabalho e a sua permanente problematização. A ética pode contribuir significativamente para a humanização do ambiente hospitalar, para práticas que respeitem a condição de sujeito dos seres humanos, sejam cuidadores, sejam seres sob cuidado profissional, sua dignidade, valores, direitos, deveres. A humanização hospitalar como expressão da ética requer, em suma, a prévia formulação de políticas organizacionais e sociais justas que considerem os seres humanos e seus direitos. Isso significa valorizar a humanidade no trabalhador, favorecendo o desenvolvimento de sua sensibilidade e competência, com mudanças nas práticas profissionais, de modo a reconhecer a singularidade dos pacientes, encontrando, junto a eles, estratégias que facilitem a compreensão e o enfrentamento do momento vivido.



“ O CUIDADO É A ESSÊNCIA CONCRETA DO SER HUMANO”.



É com o coração (sentimento) que se vê corretamente, o essencial é invisível aos olhos”

 REFERÊNCIAS: Backes DS, Lunardi VL, Lunardi WDFilho. A humanização hospitalar como expressão da ética. Rev Latino-am
Enfermagem 2006 janeiro-fevereiro; 14(1):132-5.

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