segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

AULA: TERAPIA OCUPACIONAL NA ONCOLOGIA

Câncer:  tumor maligno ou neoplasia maligna, Grave problema de Saúde Pública;
Mais de 6 milhões de óbitos a cada ano, cerca de 12% de todas as causas de morte no mundo;
               Doença caracterizada pelo crescimento desordenado das células de um organismo.
ü  Características destas células: capacidade de invasão de outras estruturas, de desprendimento e migração através da corrente sanguínea para outros lugares do organismo e também capacidade de autonutrição e angiogênise.
ü  Neoplasias podem ser benignas ou malignas.
ü  As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes.
Agentes Carcinogênicos: 
Fatores biológicos: Agentes virais e bacterianos ou Alterações genéticas
Agrotóxicos: quando o corpo é exposto a pequenas doses diárias de inseticidas como o BHC e DDT (uso caseiro ou contaminação de frutas, legumes e cereais nas lavouras) ao longo dos anos.
 Poluentes Atmosféricos: presentes na fumaça do escapamento de veículos movidos a óleo diesel, gasolina e álcool, pó de amianto, químicos presentes nas tintas e vernizes, entre outros, também podem atuar como um dos fatores para o desenvolvimento de diversos tipos de tumores malignos.
Alcoolismo e Tabagismo: indivíduos que bebem diariamente e/ou fumam, aumentam em até 60% suas chances de desenvolver câncer de pulmão, câncer de estômago, de fígado, câncer de laringe e boca, câncer de bexiga ou próstata.
Hábitos Alimentares: uma alimentação rica em gorduras e frituras e pobre em verduras, frutas e cereais integrais também predispõe a diversos tipos de cânceres, como os de intestino, mama, fígado, testículos.
 Exposição prolongada ao sol: principalmente na infância e na adolescência pode resultar em câncer de pele e melanoma (um tipo mais agressivo de câncer de pele) na idade adulta.
Tratamentos: 
Objetivos do tratamento oncológico: Curativo, prolongamento da vida útil, manutenção da qualidade de vida.
 Tipos de tratamento oncológico:
ü  Quimioterapia,
ü  Radioterapia,
ü  Cirurgia Oncológica,
ü  Hormonioterapia,
ü  Imunoterapia,

MINHA VISÃO SOBRE A AULA:  Nessa aula observamos como o câncer tem um impacto brusco na vida do paciente, além de muitos tratamentos invasivos, sofridos, em muitos casos a aparência é modificada como a queda de cabelo, emagrecimento rápido, o que muitas vezes causa uma profunda depressão no paciente, e nós terapeutas ocupacionais temos o papel   de evidenciar o que esse paciente ainda tem intacto, o que ainda não foi acometido pela doença, reestruturar a nova rotina do paciente agora com suas limitações, auxiliar para que a autoestima do paciente fique elevada.
BASES TEÓRICAS:   A prática de Terapia Ocupacional em Oncologia tem como objetivo, como em todas as outras áreas, de levar o indivíduo a atingir suas capacidades funcionais e ocupacionais visando a autonomia e a independência nas suas atividades de vida diária (PALM, 2007, p. 490). No estudo de Oliveira et. al. (2003), onde os autores relatam da experiência de intervenção feita em pacientes oncológicos na cidade de São Carlos, eles colocam um tipo de objetivo diferente do citado acima. Na sua intervenção os autores colocam:
Propôs criar situações onde fosse possível significar o fazer cotidiano e minimizar os possíveis desajustes. Buscamos oferecer a possibilidade de fazer contato consigo mesmo, de expressar sentimentos que permitissem descobrir mais sobre si mesmo, seus limites e possibilidades.
Oferecemos ainda a oportunidade de adquirir maior consciência de si mesmo e de descobrir novos interesses e valores especialmente nestes momentos em que o eu está drasticamente fragmentado pelo processo da doença (OLIVEIRA et. al., 2003, p. 120).
            Esta intervenção pode ocorrer em qualquer fase do tratamento e as avaliações devem englobar os aspectos físicos, psicológicos e sociais, pois todos estes componentes de desempenho podem estar afetados. Na avaliação é importante levantar dados a respeito da realidade social do indivíduo; o conceito de saúde e doença; idade e sexo; variáveis psicológicas e situação; relação familiar; condições clínicas; significado da doença para cada pessoa em particular; precedentes educacionais; étnicos; religiosos e sociais. Esse levantamento de dados auxiliará na determinação da necessidade de intervenção ou não; dos dados para a elucidação e o esclarecimento do diagnostico; as precauções e/ou contra-indicações; o potencial qualitativo de vida; os objetivos do projeto terapêutico/ plano de tratamento; as especificidades da orientação familiar e manutenção ou necessidade de mudança dos objetivos de tratamento (PALM, 2007, p. 490). Como objetivos da intervenção temos dois tipos: os objetivos gerais e os objetivos específicos.
 Os objetivos gerais: intervenção no ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar de modo a melhorar a qualidade de vida nesse período e durante todo o tratamento; proporcionar ao paciente condições para expressar seus temores e percepções, suas condições reais e projeto de vida; identificar, manter ou desenvolver gradativamente a capacidade funcional; favorecer os interesses normais, os contatos sociais, e valorizar as potencialidades do paciente.
Os objetivos específicos: valorizar as perspectivas e as necessidade funcionais do paciente; conscientizar o paciente sobre suas possibilidades e condições para a realização das atividades de vida diária; incentivar a integração e a ajuda da família no processo terapêutico; proporcionar oportunidades para que o paciente possa resolver por si mesmo problemas e situações presentes ou inusitadas; prevenção da incapacidade e/ou apoio aos vários níveis de recuperação ou modificação; orientar o paciente e a família sobre princípios de conservação de energia, simplificação de tarefas e mecanismos de proteção articular, favorecendo o desempenho das atividades cotidianas, de trabalho e de lazer (PALM, 2007, p. 490). Para a seleção e/ou indicação de atividades no processo terapêutico, é primordial considerar: as reais necessidades do individuo, história ocupacional, relação que ele estabelece com as suas próprias atividades e precauções e/ou contra-indicações (PALM, 2007, p. 490). 



REFERÊNCIAS:    PALM, R. C. M. Oncologia. In: CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
http://terapeutacarol.blogspot.com.br/2011/08/terapia-ocupacional-em-oncologia.html

Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar - ISSN Eletrônico 2238-2860.

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