Câncer: tumor maligno ou neoplasia maligna, Grave
problema de Saúde Pública;
Mais
de 6 milhões de óbitos a cada ano, cerca de 12% de todas as causas de morte no
mundo;
Doença caracterizada pelo
crescimento desordenado das células de um organismo.
ü Características destas células: capacidade de
invasão de outras estruturas, de desprendimento e migração através da corrente
sanguínea para outros lugares do organismo e também capacidade de autonutrição
e angiogênise.
ü Neoplasias podem
ser benignas ou malignas.
ü As neoplasias
benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada,
geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não
invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes.
Agentes Carcinogênicos:
Fatores
biológicos: Agentes
virais e bacterianos ou Alterações genéticas
Agrotóxicos: quando o corpo é
exposto a pequenas doses diárias de inseticidas como o BHC e DDT (uso caseiro
ou contaminação de frutas, legumes e cereais nas lavouras) ao longo dos anos.
Poluentes Atmosféricos: presentes na
fumaça do escapamento de veículos movidos a óleo diesel, gasolina e álcool, pó
de amianto, químicos presentes nas tintas e vernizes, entre outros, também
podem atuar como um dos fatores para o desenvolvimento de diversos tipos de
tumores malignos.
Alcoolismo e
Tabagismo: indivíduos
que bebem diariamente e/ou fumam, aumentam em até 60% suas chances de
desenvolver câncer de pulmão, câncer de estômago, de fígado, câncer de laringe
e boca, câncer de bexiga ou próstata.
Hábitos
Alimentares: uma
alimentação rica em gorduras e frituras e pobre em verduras, frutas e cereais
integrais também predispõe a diversos tipos de cânceres, como os de intestino,
mama, fígado, testículos.
Exposição prolongada ao sol: principalmente
na infância e na adolescência pode resultar em câncer de pele e melanoma (um
tipo mais agressivo de câncer de pele) na idade adulta.
Tratamentos:
Objetivos
do tratamento oncológico: Curativo, prolongamento da vida útil, manutenção da
qualidade de vida.
Tipos de tratamento oncológico:
ü Quimioterapia,
ü Radioterapia,
ü Cirurgia
Oncológica,
ü Hormonioterapia,
ü Imunoterapia,
MINHA
VISÃO SOBRE A AULA: Nessa aula
observamos como o câncer tem um impacto brusco na vida do paciente, além de
muitos tratamentos invasivos, sofridos, em muitos casos a aparência é
modificada como a queda de cabelo, emagrecimento rápido, o que muitas vezes
causa uma profunda depressão no paciente, e nós terapeutas ocupacionais temos o
papel de evidenciar o que esse paciente
ainda tem intacto, o que ainda não foi acometido pela doença, reestruturar a
nova rotina do paciente agora com suas limitações, auxiliar para que a
autoestima do paciente fique elevada.
BASES
TEÓRICAS: A prática de Terapia Ocupacional em Oncologia
tem como objetivo, como em todas as outras áreas, de levar o indivíduo a
atingir suas capacidades funcionais e ocupacionais visando a autonomia e a
independência nas suas atividades de vida diária (PALM, 2007, p. 490). No
estudo de Oliveira et. al. (2003), onde os autores relatam da experiência de
intervenção feita em pacientes oncológicos na cidade de São Carlos, eles
colocam um tipo de objetivo diferente do citado acima. Na sua intervenção os
autores colocam:
Propôs
criar situações onde fosse possível significar o fazer cotidiano e minimizar os
possíveis desajustes. Buscamos oferecer a possibilidade de fazer contato
consigo mesmo, de expressar sentimentos que permitissem descobrir mais sobre si
mesmo, seus limites e possibilidades.
Oferecemos
ainda a oportunidade de adquirir maior consciência de si mesmo e de descobrir
novos interesses e valores especialmente nestes momentos em que o eu está
drasticamente fragmentado pelo processo da doença (OLIVEIRA et. al., 2003, p.
120).
Esta
intervenção pode ocorrer em qualquer fase do tratamento e as avaliações devem
englobar os aspectos físicos, psicológicos e sociais, pois todos estes
componentes de desempenho podem estar afetados. Na avaliação é importante
levantar dados a respeito da realidade social do indivíduo; o conceito de saúde
e doença; idade e sexo; variáveis psicológicas e situação; relação familiar;
condições clínicas; significado da doença para cada pessoa em particular;
precedentes educacionais; étnicos; religiosos e sociais. Esse levantamento de
dados auxiliará na determinação da necessidade de intervenção ou não; dos dados
para a elucidação e o esclarecimento do diagnostico; as precauções e/ou
contra-indicações; o potencial qualitativo de vida; os objetivos do projeto
terapêutico/ plano de tratamento; as especificidades da orientação familiar e
manutenção ou necessidade de mudança dos objetivos de tratamento (PALM, 2007,
p. 490). Como objetivos da intervenção temos dois tipos: os objetivos gerais e
os objetivos específicos.
Os objetivos gerais: intervenção no
ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar de modo a melhorar a qualidade
de vida nesse período e durante todo o tratamento; proporcionar ao paciente condições
para expressar seus temores e percepções, suas condições reais e projeto de
vida; identificar, manter ou desenvolver gradativamente a capacidade funcional;
favorecer os interesses normais, os contatos sociais, e valorizar as
potencialidades do paciente.
Os objetivos
específicos:
valorizar as perspectivas e as necessidade funcionais do paciente;
conscientizar o paciente sobre suas possibilidades e condições para a
realização das atividades de vida diária; incentivar a integração e a ajuda da
família no processo terapêutico; proporcionar oportunidades para que o paciente
possa resolver por si mesmo problemas e situações presentes ou inusitadas;
prevenção da incapacidade e/ou apoio aos vários níveis de recuperação ou
modificação; orientar o paciente e a família sobre princípios de conservação de
energia, simplificação de tarefas e mecanismos de proteção articular,
favorecendo o desempenho das atividades cotidianas, de trabalho e de lazer
(PALM, 2007, p. 490). Para a seleção e/ou indicação de atividades no processo
terapêutico, é primordial considerar: as reais necessidades do individuo,
história ocupacional, relação que ele estabelece com as suas próprias
atividades e precauções e/ou contra-indicações (PALM, 2007, p. 490).
REFERÊNCIAS: PALM, R. C. M. Oncologia. In:
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação
e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
http://terapeutacarol.blogspot.com.br/2011/08/terapia-ocupacional-em-oncologia.html
Cadernos
de Terapia Ocupacional da UFSCar - ISSN Eletrônico 2238-2860.
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