o semestre acabou e junto veio o sentimento forte de que sim! apesar de todas as dificuldades, todas as dúvidas eu fiz a escolha certa, e estou percorrendo o caminho que sempre desejei, onde tenho a real sensação que além de ter um emprego onde ganho dinheiro, posso sim ajudar a mudar a vida das pessoas de alguma forma, em um mundo onde tudo é muito automático, rápido, protocolado, estou aprendendo a olhar o individuo como um ser único, que apesar de estar inserido em um ambiente muitas vezes que o coloca como apenas mais uma patologia, tenho a obrigação e o diferencial em ver as individualidades desse sujeito, seus medos, desejos, e que posso sim fazer um belo trabalho junto com o meu paciente, uma intervenção de mão dupla onde eu também como profissional aprendo, e muito!
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
AULA
02: os alunos foram divididos em duplas, e uma
hora de aula pratica para cada dupla, chegamos e a professora estava atendendo
um RN, logo após sentamos e fomos acompanhar a evolução de um prontuário, como é
feito, o foco utilizado, e depois fomos conhecer os recém nascidos que estavam
na unidade aquele dia, brevemente foi passado o caso de dois recém nascidos, um
que estava a mais de dois meses no hospital, com várias infecções, em
isolamento pela segunda vez, esperando para fazer um exame especifico do
intestino, e com grandes probabilidades de ter uma Paralisia cerebral severa. O
segundo recém nascido estava na UTI pelo segundo dia, apenas para ganhar peso,
sem maiores complicações no estado clinico, e a mãe estava ao lado do leito
recebendo as primeiras orientações sobre a amamentação, a professora deu
algumas instruções sobre o cortar das unhas, cabelos amarados, e logo após
colocou a criança no colo da mãe, a criança começou a mamar com facilidade, e depois
de aproximadamente uns 5 minutos fomos embora.
RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICAS
AULA
01: Chegamos ao Hospital Regional da Ceilândia e
fomos recepcionados pela professora Mchilanny, ela nos levou ate uma sala e nos
deu um breve resumo sobre a UTI neo e o método canguru, pois já tivemos uma
aula especifica do assunto no decorrer do semestre, logo após nos levou para
conhecer alguns quartos da maternidade, e a UTI neo, as divisões que são
feitas, a quantidade de leitos e como ficaria separado as aulas práticas, como
era uma segunda o dia estava bem conturbado pois no final de semana não tem
atendimento de terapia ocupacional na unidade, o que acaba gerando uma grande
demanda na segunda feira, antes de finalizar a professora deu algumas
orientações sobre como seria a próxima aula, e pediu para que todos os alunos
estudassem sobre a UTI neo e o método
canguru.
TEORIA: Segundo
Brazelton (1988, p. 32)
... ao longo da gravidez o feto está tendo
experiências e sendo
moldado pelas experiências da mãe. À
medida que se move
em resposta a estas experiências, sua
atividade dá à mãe o
‘feedback’ que lhe diz como o bebê
reage, dando, talvez, uma
idéia de como o filho é, começando a
moldá-lo também.
E
diz ainda que “Separar uma mãe de seu bebê
antes que ela esteja pronta para compartilhá-lo com outras pessoas podem diluir seu sentimento
de competência e importância para com o
bebê”.
Na intenção de diminuir os efeitos
dessa separação, têm surgidos programas
e métodos que buscam garantir à mãe e à
criança a oportunidade de estarem juntos
após o parto ou em outras hospitalizações
para que o desenvolvimento do apego não
seja prejudicado. o método canguru: definido pelo Ministério da Saúde (1999) como um “tipo
de assistência neonatal que implica em
contato pele a pele precoce, entre a mãe
e o RN de baixo-peso, de forma crescente
e pelo tempo que ambos entenderem ser
prazeroso e suficiente, permitindo dessa
forma uma participação maior dos pais no
cuidado ao seu RN”.
Esse método não substitui as unidades de
terapia intensiva (UTIs) neonatais nem
as incubadoras, mas sim supre as necessidades do RN levando ao desenvolvimento,
proporcionando o aleitamento materno, calor da mãe, carícias, enfim, as
influências humanas que contribuem na recuperação do RN internado, condições
estas não viabilizadas pelos equipamentos da UTI neonatal.
De acordo com Klaus e Kennell (1993), o
apego é de extrema importância para a
sobrevivência e o bom desenvolvimento da criança, visto que esse laço inicial
entre pais e RN é fonte de todas as ligações subsequentes da criança e que o
caráter deste apego influenciará a
qualidade de todos os laços futuros com outros indivíduos. Ao nascer um RN
prematuro ou com baixo peso, este é levado para longe da mãe, para um
tratamento intensivo que possibilite sua recuperação. No entanto, essa
separação causa danos tanto para o bebê quanto para a mãe, uma vez que a
relação de apego é abalada. A mãe, por um lado, fica insegura e ansiosa por não
poder cuidar do seu filho e a criança sente falta da segurança e apego que lhe
foi transmitido pela mãe durante a gravidez. Este fato pode causar danos à mãe
uma vez que, ao se sentir incapaz ou insegura para cuidar do filho, ela se
afasta perdendo ou esfriando o sentimento de apego pela criança acabando por
não acreditar na recuperação deste e abandonando-o (Brazelton, 1988). Para a
criança, as conseqüências podem ser maiores, uma vez que longe da mãe, o RN não
é amamentado com o leite materno pela própria mãe, tem menos estimulação
sensorial, maior risco à infecção hospitalar e maior tempo de internação. O
método mãe-canguru nasceu a partir da análise destes aspectos, objetivando um
melhor prognóstico dos RNs prematuros e de baixo peso, estimulando o cuidado
humanizado, que busca fortalecer os laços mãe/bebê, incentivar o aleitamento
materno e a competência materna. Este método proporciona um contato íntimo do
RN prematuro com sua mãe, apresentando como benefícios melhora nos ritmos
cardíacos e respiratórios, recebem e conservam mais calor, recebem leite
materno protegendo-os contra infecções e nutrindo-os, diminuindo os risco de
nfecções e complicações iatrogênicas s (Ministério da Saúde, 1999). Além de
estreitar os vínculos do binômio mãe/filho, a relação de apego proporcionada
pelo método mãe-canguru garante ao pequeno ser humano a força do apoio e do
equilíbrio emocional, que somente uma mãe pode proporcionar (Tassi, 2002).
A compreensão teórica de todo esse
processo de apego entre a mãe e o RN capacita e conscientiza os profissionais
sobre a responsabilidade que têm, além de instrumentalizá-los para que as ações
de enfermagem foquem também o social e o emocional, sendo tão importantes
quanto o físico que costumeiramente é o mais priorizado. Com isso, alcançou-se
uma maior compreensão da eficácia do
método mãe-canguru visto sob o aspecto
afetivo que este proporciona e consequente bem-estar físico gerado aos envolvidos.
No Brasil, hoje, mesmo aqueles
profissionais que não utilizam o método em seus serviços e até os que fazem
restrições a ele têm buscado compreender melhor a proposta nacional de
utilização que foge da perspectiva de substituição de incubadora, utilizando o
Método Canguru como mais uma tecnologia disponível para o cuidado do bebê
internado em terapia intensiva neonatal. Desta forma o Método Canguru abrange
questões como os cuidados técnicos com o bebê (manuseio, atenção às
necessidades individuais, cuidados com luz, som, dor); o acolhimento à família;
a promoção do vínculo mãe/ bebê e do aleitamento materno; e o acompanhamento
ambulatorial após a alta. Foi sob essa perspectiva de minimizar os efeitos
negativos da internação neonatal sobre os bebês e suas famílias que a Área da
Criança do Ministério da Saúde adotou o Método Canguru como uma Política
Nacional de Saúde, inserido no contexto da humanização da assistência neonatal.
A Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método Canguru
foi lançada em dezembro de 1999.
REFERÊNCIAS:
Acta Scientiarum. Health Sciences
Maringá, v. 25, no. 1, p. 41-50, 2003
AULA: TERAPIA OCUPACIONAL NA ONCOLOGIA
Câncer: tumor maligno ou neoplasia maligna, Grave
problema de Saúde Pública;
Mais
de 6 milhões de óbitos a cada ano, cerca de 12% de todas as causas de morte no
mundo;
Doença caracterizada pelo
crescimento desordenado das células de um organismo.
ü Características destas células: capacidade de
invasão de outras estruturas, de desprendimento e migração através da corrente
sanguínea para outros lugares do organismo e também capacidade de autonutrição
e angiogênise.
ü Neoplasias podem
ser benignas ou malignas.
ü As neoplasias
benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de forma organizada,
geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não
invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes.
Agentes Carcinogênicos:
Fatores
biológicos: Agentes
virais e bacterianos ou Alterações genéticas
Agrotóxicos: quando o corpo é
exposto a pequenas doses diárias de inseticidas como o BHC e DDT (uso caseiro
ou contaminação de frutas, legumes e cereais nas lavouras) ao longo dos anos.
Poluentes Atmosféricos: presentes na
fumaça do escapamento de veículos movidos a óleo diesel, gasolina e álcool, pó
de amianto, químicos presentes nas tintas e vernizes, entre outros, também
podem atuar como um dos fatores para o desenvolvimento de diversos tipos de
tumores malignos.
Alcoolismo e
Tabagismo: indivíduos
que bebem diariamente e/ou fumam, aumentam em até 60% suas chances de
desenvolver câncer de pulmão, câncer de estômago, de fígado, câncer de laringe
e boca, câncer de bexiga ou próstata.
Hábitos
Alimentares: uma
alimentação rica em gorduras e frituras e pobre em verduras, frutas e cereais
integrais também predispõe a diversos tipos de cânceres, como os de intestino,
mama, fígado, testículos.
Exposição prolongada ao sol: principalmente
na infância e na adolescência pode resultar em câncer de pele e melanoma (um
tipo mais agressivo de câncer de pele) na idade adulta.
Tratamentos:
Objetivos
do tratamento oncológico: Curativo, prolongamento da vida útil, manutenção da
qualidade de vida.
Tipos de tratamento oncológico:
ü Quimioterapia,
ü Radioterapia,
ü Cirurgia
Oncológica,
ü Hormonioterapia,
ü Imunoterapia,
MINHA
VISÃO SOBRE A AULA: Nessa aula
observamos como o câncer tem um impacto brusco na vida do paciente, além de
muitos tratamentos invasivos, sofridos, em muitos casos a aparência é
modificada como a queda de cabelo, emagrecimento rápido, o que muitas vezes
causa uma profunda depressão no paciente, e nós terapeutas ocupacionais temos o
papel de evidenciar o que esse paciente
ainda tem intacto, o que ainda não foi acometido pela doença, reestruturar a
nova rotina do paciente agora com suas limitações, auxiliar para que a
autoestima do paciente fique elevada.
BASES
TEÓRICAS: A prática de Terapia Ocupacional em Oncologia
tem como objetivo, como em todas as outras áreas, de levar o indivíduo a
atingir suas capacidades funcionais e ocupacionais visando a autonomia e a
independência nas suas atividades de vida diária (PALM, 2007, p. 490). No
estudo de Oliveira et. al. (2003), onde os autores relatam da experiência de
intervenção feita em pacientes oncológicos na cidade de São Carlos, eles
colocam um tipo de objetivo diferente do citado acima. Na sua intervenção os
autores colocam:
Propôs
criar situações onde fosse possível significar o fazer cotidiano e minimizar os
possíveis desajustes. Buscamos oferecer a possibilidade de fazer contato
consigo mesmo, de expressar sentimentos que permitissem descobrir mais sobre si
mesmo, seus limites e possibilidades.
Oferecemos
ainda a oportunidade de adquirir maior consciência de si mesmo e de descobrir
novos interesses e valores especialmente nestes momentos em que o eu está
drasticamente fragmentado pelo processo da doença (OLIVEIRA et. al., 2003, p.
120).
Esta
intervenção pode ocorrer em qualquer fase do tratamento e as avaliações devem
englobar os aspectos físicos, psicológicos e sociais, pois todos estes
componentes de desempenho podem estar afetados. Na avaliação é importante
levantar dados a respeito da realidade social do indivíduo; o conceito de saúde
e doença; idade e sexo; variáveis psicológicas e situação; relação familiar;
condições clínicas; significado da doença para cada pessoa em particular;
precedentes educacionais; étnicos; religiosos e sociais. Esse levantamento de
dados auxiliará na determinação da necessidade de intervenção ou não; dos dados
para a elucidação e o esclarecimento do diagnostico; as precauções e/ou
contra-indicações; o potencial qualitativo de vida; os objetivos do projeto
terapêutico/ plano de tratamento; as especificidades da orientação familiar e
manutenção ou necessidade de mudança dos objetivos de tratamento (PALM, 2007,
p. 490). Como objetivos da intervenção temos dois tipos: os objetivos gerais e
os objetivos específicos.
Os objetivos gerais: intervenção no
ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar de modo a melhorar a qualidade
de vida nesse período e durante todo o tratamento; proporcionar ao paciente condições
para expressar seus temores e percepções, suas condições reais e projeto de
vida; identificar, manter ou desenvolver gradativamente a capacidade funcional;
favorecer os interesses normais, os contatos sociais, e valorizar as
potencialidades do paciente.
Os objetivos
específicos:
valorizar as perspectivas e as necessidade funcionais do paciente;
conscientizar o paciente sobre suas possibilidades e condições para a
realização das atividades de vida diária; incentivar a integração e a ajuda da
família no processo terapêutico; proporcionar oportunidades para que o paciente
possa resolver por si mesmo problemas e situações presentes ou inusitadas;
prevenção da incapacidade e/ou apoio aos vários níveis de recuperação ou
modificação; orientar o paciente e a família sobre princípios de conservação de
energia, simplificação de tarefas e mecanismos de proteção articular,
favorecendo o desempenho das atividades cotidianas, de trabalho e de lazer
(PALM, 2007, p. 490). Para a seleção e/ou indicação de atividades no processo
terapêutico, é primordial considerar: as reais necessidades do individuo,
história ocupacional, relação que ele estabelece com as suas próprias
atividades e precauções e/ou contra-indicações (PALM, 2007, p. 490).
REFERÊNCIAS: PALM, R. C. M. Oncologia. In:
CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação
e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
http://terapeutacarol.blogspot.com.br/2011/08/terapia-ocupacional-em-oncologia.html
Cadernos
de Terapia Ocupacional da UFSCar - ISSN Eletrônico 2238-2860.
AULA: TERAPIA OCUPACIONAL NA UTI ADULTO
unidade complexa dotada de sistema de
monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com
descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e
tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar".
O PACIENTE:
Paciente grave: paciente com comprometimento de um ou mais dos
principais sistemas fisiológicos, com perda de sua autorregulação, necessitando
de assistência contínua. Privação sensorial, dificuldade de comunicação, e de
contato com pessoas próximas.
DECONFORTO...
ü
Inúmeros
equipamentos
ü
Estímulo
sonoro constate : equipe, equipamentos
ü
Estímulo
Luminoso constante
ü
Falta
de intimidade/ individualidade
ü
Vida
Privada ≠ Vida Pública
ü
Concebida
pelos familiares e pacientes
ü
Desconhecido
e estigmatizado
ü
Morte
eminente
ü
Fechado
e isolado
ü
Percepção
Prévia da UTI – angústia, medo, incerteza
ü
Atendimento
diferenciado de outras enfermarias – positiva
ü
Presença
da equipe
ü
Tecnologia
e Assistência Especializada – Tratamento e Recuperação
ü
Alterações
de Ambientes e Hábitos
MINHA VISÃO SOBRE A AULA: A
aula começou com um breve resumo sobre o que é uma UTI tanto nos aspectos
físicos, como a equipe necessária nesse ambiente, eu pude perceber e refletir,
que a hospitalização causa um sofrimento muito grande no paciente, e a hospitalização
na UTI causa um sofrimento muito maior no paciente consciente pois é um
ambiente de total privação, ruídos, luminosidade, individualidade totalmente
desprezada, rotina quebrada (muitas vezes sem percepção de horário). E no
paciente não consciente esse sofrimento transfere para a família, onde sofrem
constantemente em um ambiente onde não pode ter acompanhantes somente visitas,
onde o medo pela morte é constante, a não comunicação com o paciente os deixa
aflito.
BASES TEÓRICAS: As Unidades de
Terapia Intensiva (UTI) são ambientes destinados ao atendimento de pacientes
graves, com potencial risco de morte, que necessitam de atendimento
ininterrupto. São caracterizadas, muitas vezes, como um ambiente relacionado ao
sofrimento e a morte. Assim, a internação em UTI implica em uma situação de
grande estresse. A UTI não é vista como um
local de tratamento e recuperação para a vida, mas relacionada com a tristeza e
angústia, dor física e subjetiva, dependência física, perda da noção do tempo e
morte.
A
equipe de saúde e o atendimento humanizado podem contribuir para amenizar os
sentimentos de angústia do paciente em estado crítico, oferecendo apoio e
suporte emocional necessário ao enfrentamento do processo vivido, sendo crucial
para a redução do sentimento de medo destes pacientes.
As experiências vividas em uma UTI são geralmente traumáticas e faz-se
necessário um trabalho multiprofissional para minimizar os seus efeitos. A
comunicação
e o estabelecimento de vínculo podem ser
os instrumentos facilitadores da assistência. A comunicação terapêutica tem a
finalidade de identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e
contribuir para melhorar a prática profissional. Além disso, o vínculo e a
relação de confiança são necessários para o paciente diminuir o medo, a
ansiedade e permitir, à pessoa fragilizada pela
doença, lutar por seu restabelecimento com dignidade.
Diante
disso, conhecer a percepção dos pacientes sobre a internação em UTI pode
contribuir para melhoria na qualidade da assistência e facilitar a adaptação em
um ambiente tão estigmatizado, porém há necessidade de perceber o paciente,
questioná-lo sobre as dúvidas, observar-lhe as reações e comportamentos,
entender-lhe as emoções.
REFERÊNCIAS: Proença MO, Dell Agnolo CM.
Internação em Unidade de Terapia Intensiva: percepção de pacientes. Rev Gaúcha
Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 jun;32(2):279-86.
AULA: AVALIAÇÃO
O processo de
obter e interpretar dados necessários à intervenção. Isto inclui o planejamento
e a documentação do processo de avaliação e resultados
(AOTA, 2005, p.663).
Perfil Ocupacional: Passo inicial no
processo de avaliação que fornece uma compreensão das experiências e histórias
ocupacionais do cliente, padrões de vida diária, interesses, valores e
necessidades. Os problemas e preocupações do cliente sobre o desempenho em
ocupações e atividades de vida diária são identificados e as prioridades do
cliente são determinadas. Um perfil ocupacional é definido como um sumário de
informações que descreve experiências e história ocupacional do cliente,
padrões de vida diária, interesses, valores e necessidades.
O objetivo maior da avaliação no contexto
hospitalar: Identificar o sujeito e elencar a demanda prioritária.
IDENTIFICAR:
ü
Quem
é o cliente?
ü
Por
que o cliente está procurando o serviço?
ü
Quais
as ocupações e atividades são bem sucedidas ou estão causando problemas?
ü
Quais
contextos e ambientes apoiam ou inibem os resultados desejados?
ü
Qual
é a história ocupacional do cliente?
ü
Quais
são as prioridades do cliente e os resultados desejados?
Análise do Desempenho
Ocupacional: Passo
no processo de avaliação durante o qual as habilidades, problemas ou problemas
potenciais do cliente são mais especificadamente identificados. O desempenho
real é frequentemente observado no contexto para identificar o que apoia o
desempenho e o que o impede. As habilidades de desempenho, padrões de
desempenho, contexto ou contextos, as demandas da atividade e os fatores do
cliente são todos considerados, mas somente os aspectos selecionados devem ser
avaliados em específico. Resultados almejados são identificados.
O desempenho
ocupacional é a realização da ocupação selecionada, resultante da transação
dinâmica entre cliente, contexto e ambiente e a atividade.
ü
Múltiplos
métodos frequentemente são usados durante o processo de avaliação para avaliar
o cliente, o contexto, a ocupação ou atividade e o desempenho ocupacional.
ü
Os
métodos podem incluir uma entrevista com o cliente e outras pessoas
significativas, observação do desempenho e do contexto, registro da revisão e o
direcionamento da avaliação para aspectos específicos do desempenho. Os
instrumentos de avaliação formais e informais, estruturados e não estruturados,
com critérios padronizados ou normativo-referenciados, podem ser usados.
ü
Avaliações
padronizadas são preferidas, quando apropriado, para fornecer dados objetivos
sobre vários aspectos do domínio que influenciam o envolvimento e o desempenho.
Processo de avaliação: começa com uma
avaliação conduzida pelo terapeuta ocupacional e é centrada nas descobertas
sobre o que o cliente deseja e precisa fazer, determinando o que o cliente pode
fazer e como o tem feito, e identificando aqueles fatores que agem como apoio
ou barreiras para saúde e participação. A avaliação frequentemente ocorre
formalmente ou informalmente durante toda interação com o cliente. O tipo e foco da avaliação diferem,
dependendo do setting terapêutico da prática. percepção do cliente do sucesso
em envolver-se com as ocupações desejadas é vital para qualquer avaliação dos
resultados. Como uma forma de comparação e em colaboração com o cliente, o
terapeuta ocupacional pode revisar o perfil ocupacional para avaliar mudança.
AULA: SAÚDE DO TRABALHADOR NO AMBIENTE HOSPITALAR
Em 2006, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) proclama os trabalhadores de saúde como seu mais valioso recurso e os
homenageia, dedicando-lhes o seu Dia Mundial, com o tema: Recursos
humanos em saúde, nossos heróis de todos os dias. Ainda em 2006, a
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) inicia a Década de Promoção dos
Recursos Humanos em Saúde e conclama governos e atores sociais dos países dessa
região, a dar prioridade, nos próximos dez anos, ao desenvolvimento desses
recursos. Para tanto, indica os seguintes campos de ação: Educação acadêmica, Formação
profissional, Remuneração adequada, Boas condições de trabalho e Políticas de
apoio. Sem isso, considera-se impossível alcançar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio e o acesso universal aos serviços de saúde de
qualidade para todos os povos, em 2015.
MINHA VISÃO SOBRE A AULA: A aula foi ministrada pela professora
Daniela Rodrigues, que tem uma grande experiência no campo da saúde do trabalhador,
ela explicou os principais equipamentos de proteção individual usados pelos
profissionais da saúde, as roupas adequadas que devemos usar ( calça, sapato
fechado, jaleco, brincos, anéis e pulseiras pequenas), e abordou problemas como
falta de equipamentos que muitas vezes encontramos em alguns serviços de saúde.
A professora enfatizou também que muitas vezes vamos ser cobrados para
empenharmos papeis além do que fomos contratados, que muitas vezes o
trabalhador desenvolve com medo de perder o emprego, mas temos que nos
conscientizar e sabermos que temos os nossos direitos e deveres que são
garantidos por leis, pelos conselhos das categorias.
BASES TEÓRICAS:
Direitos,
deveres, responsabilidade
Somente quem
conhece seus direitos pode defendê-los.
Informe-se!
Informe-se
correta e continuamente sobre:
• Riscos
existentes em seu meio-ambiente de trabalho - aprenda a reconhecê-los e a
preveni-los.
• Exigências de
saúde, higiene e segurança necessárias à execução de suas atividades/tarefa
adote comportamento seguro.
• Legislação
relativa à saúde e segurança no trabalho - ela avançou bastante e deve ser
cumprida.
Conheça
seus deveres! Lembre-se de que, na luta pela melhoria das condições de
trabalho, e no cumprimento da legislação sobre saúde, higiene e segurança do
trabalho, a responsabilidade é compartilhada.
Aprenda
a se defender! Não se deixe intimidar diante de situaçõesque ponham em risco
sua saúde e segurança. Aprenda a lutar pela melhoria de suas condições de
trabalho. Aprenda com o exemplo dado por outras categorias de trabalhadores, na
conquista de melhores condições de trabalho. Tenha uma postura participativa,
crítica e construtiva, junto aos órgãos representativos da categoria, no
encaminhamento de propostas relativas à melhoria da saúde, segurança e
condições de trabalho.
Cobre, de quem
de direito:
• Capacitação
dos dirigentes em matéria de saúde e segurança do trabalho, para que possam
interferir com eficácia, na formulação de programas voltados para a melhoria
das condições de trabalho, a prevenção e o controle de riscos nos
estabelecimentos de saúde.
• Criação de
programas de formação em saúde e segurança do trabalho, contemplando os reais
problemas de saúde, segurança e condições de trabalho da categoria.
• Estruturação
dos departamentos jurídicos, para orientação correta dos trabalhadores de
enfermagem sobre assuntos relacionados com seus direitos à saúde e segurança no
trabalho.
• Fiscalização
regular e criteriosa do cumprimento da legislação de saúde e segurança do
trabalho, por parte dos serviços de saúde, procedendo a denúncia das
irregularidades encontradas, junto aos órgãos competentes.
• Participação
efetiva na elaboração de teses para as Conferências de Saúde do Trabalhador, em
defesa de políticas nacionais pela saúde e segurança no trabalho.
• Criação de um
banco de dados com bibliografia nacional e internacional de estudos
relacionados com saúde, segurança e condições de trabalho do pessoal de saúde.
A
defesa de nossos direitos poderá ser exercida individualmente ou à título
coletivo. A experiência registra que há mais chances de êxito quando as lutas
são organizadas e encaminhadas conjuntamente. É na exigência diária do respeito
aos nossos direitos e no cumprimento de nossas obrigações que nos tornaremos
trabalhadores cidadãos.
Riscos Biológicos: A Norma
Regulamentadora 32 (NR 32) considera risco biológico a probabilidade da
exposição ocupacional a agentes biológicos: microrganismos geneticamente
modificados ou não, culturas de células, parasitas, toxinas e príons. No setor
de saúde, esse risco é representado sobretudo pelas infecções causadas por
bactérias, vírus, rickettsias, clamídias e fungos e, em menor grau, pelas
parasitoses produzidas por protozoários, helmintos e artrópodos.
Principais
infecções apontadas como risco biológico para o trabalhador de
Saúde:
ü Tuberculose
pulmonar
ü Ccytomegalovirus
(CMV)
ü Hepatite virais
(B, C, G)
ü Infecção pelo
vírus da imunodeficiência humana (HIV)
ü Síndrome da
imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS)
Para
a prevenção e controle do risco biológico, a NR 32 salienta a necessidade do
cumprimento das seguintes Normas Regulamentadoras:
ü NR
07 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
ü NR
09 Programas de Prevenção de Riscos Ambientaise
ü NR
15 Atividades e Operações Insalubres.
REFERÊNCIAS: Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 62-29, dez. 2012 .Associação
Brasileira de Enfermagem – Seção RJ
AULA: TERAPIA OCUPACIONAL NA NEONATOLOGIA
“A Terapia Ocupacional por ser uma
profissão da área da saúde que estuda o ser humano no âmbito NEUROPSICOMOTOR
está inserida na equipe neonatal realizando
avaliação, estimulação/tratamento,
orientações e inibição de estímulos nocivos aos bebês”
OBJETIVOS
- Avaliação e conduta sempre baseada na
sequência neuroevolutiva ontogenética
- Inibir fatores estressantes ambientais
e do
quadro patológico
- Promover padrões normais de postura e
movimento
- Estimular o desenvolvimento
senso-perceptocognitivo do bebê. ”A maturação desses mecanismos reflexos e
reações posturais são necessários para que posteriormente o bebê venha a ter um
desenvolvimento neuropsicomotor ‘normal’ ” (Flehmig, 2004).
MINHA VISÃO SOBRE A AULA: a
aula foi ministrada pela professora Mchilanny de menezes especializada em UTI
Neo e método canguru, a professora foi bem clara quanto as conceitos que as
práticas do método são baseados, e fez um breve relato sobre a rotina na UTI
neo do Hospital regional da Ceilândia, enumerou as diversas falhas que ela
encontrou quando chegou na unidade, as dificuldades para mudar a rotina do
setor, o trabalho de conscientização feito com os profissionais que trabalham
ali, e os trabalhos que são feitos com os pais e familiares dos recém nascidos.
Eu particularmente fiquei muito interessada pelo fato de me interessar muito
pela unidade de neonatologia, consegui perceber claramente os avanços que foram
adquiridos na unidade desde a humanização dos profissionais e parentes das
crianças, como a observação frequente como tônus muscular, reflexos,
alimentação, sono.
BASES TEÓRICAS: “[...]o bebê ao
nascer apresenta um conjunto de comportamentos específicos manifestados pelo
seu estado comportamental. Esta manifestação está estreitamente associada ao
seu desenvolvimento e é um indicador de seu nível de organização e de seu
status neurológico” (Csillag, 1997, p. 4).
“A intervenção envolve tanto a inibição
quanto a estimulação. O TO deverá estruturar o ambiente de tal forma que o bebê
consiga uma melhor auto-organização. Portanto a intervenção será tanto no
sentido de promover o input sensorial como o de proteger o bebê do excesso de
estimulação, graduando estímulos de acordo com o desenvolvimento adaptativo do
neonato” (KUDO, apud Meyerhof, 1997, p. 207).
O
Método Canguru é um tipo de assistência neonatal voltada para o atendimento do
recém-nascido prematuro que implica colocar o bebê em contato pele a pele com
sua mãe (OMS, 2004). A sua criação, em Bogotá, na Colômbia, surgiu da busca de
uma solução imediata para a superlotação das unidades neonatais nas quais
muitas vezes se encontravam dois ou
mais recém-nascidos em uma mesma
incubadora (Charpak, 1999). A partir dessa experiência, no entanto, estudos
subsequentes apontaram que a presença contínua da mãe junto do bebê, além de
garantir calor e leite materno, trazia inúmeras outras vantagens dentre as
quais a promoção do vínculo mãe-bebê, condição indispensável para a qualidade
de vida e sobrevivência do recém-nascido após a alta da Unidade Neonatal. Ao
longo das três últimas décadas o Método Canguru vem despertando grande
interesse dentre os profissionais envolvidos na assistência neonatal em todo o
mundo, sendo cada vez mais utilizado, sem que exista, entretanto, uma diretriz
única. São diversas as formas utilizadas em sua aplicação no que diz respeito à
abrangência, ao tempo de início e ao tempo de permanência na posição canguru.
Essa disseminação tem tomado dois caminhos. O método continua sendo recomendado
como alternativa para países muito pobres que não dispõem de uma boa
organização neonatal (Charpak, 2001; OMS, 2004). Mas vem sendo muito utilizado,
também, por países desenvolvidos, que contam com todos os recursos necessários
para a assistência neonatal (Browne, 2005).
REFERÊNCIAS: artigo: Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso – Método Canguru: a proposta brasileira
AULA: A ÉTICA DO CUIDADO
O cuidado é próprio da
existência humana em todas as suas dimensões, compreendendo todas as
possibilidades da existência vinculadas às coisas e aos homens. Quando falamos
em ética profissional não podemos esquecer que o profissional também é um ser
humano com suas particularidades, crenças, preconceitos, costumes, hábitos, mas
isso não pode afetar no processo de recuperação do paciente.
MINHA VISÃO SOBRE A
AULA: fizemos uma resenha bem extensa porém necessária sobre os tipos de
raciocínio clínico, as práticas, a relação terapêutica, a empatia. O texto
tenta mostrar que o raciocínio clínico é algo que o terapeuta ocupacional
aprende na prática, porém é necessário nunca deixar de lado o olhar humano, o
contexto da situação. A ética serve como apoio para o profissional, e na
discussão em sala de aula chegamos a algumas conclusões, entre elas que devemos
sempre dosar o beneficio e o malefício que a minha intervenção enquanto
terapeuta ocupacional vai causar no paciente, e que alguns princípios da
bioética sempre devem ser observados e levados em consideração como:
ü
Autonomia
ü
Não
maleficência
ü
Beneficio
ü
justiça
ü
equidade
BASES TEÓRICAS: A prática dos
profissionais de saúde, no âmbito hospitalar, vem desumanizando-se frente à
atenção à doença, e não ao ser doente, à complexificação tecnológica crescente
associada ao crescimento de custos. A ética requer a implementação de um
processo reflexivo acerca dos princípios, valores, direitos e deveres que regem
a prática dos profissionais de saúde, inserindo-se, aí, a dimensão de um cuidado
entendido como humanizado.
Em virtude do acelerado processo técnico
e científico no contexto da saúde, a dignidade da pessoa humana, com
freqüência, parece ser relegada a um segundo plano. A doença, muitas vezes,
passou a ser o objeto do saber reconhecido cientificamente, desarticulado do
ser que a abriga e no qual ela se desenvolve. Também, os profissionais da área
da saúde parecem gradativamente desumanizar-se, favorecendo a desumanização de
sua prática. Desse modo, a ética, por enfatizar os valores, os deveres e
direitos, o modo como os sujeitos se conduzem nas relações, constitui-se numa
dimensão fundamental para a humanização hospitalar. A humanização, então,
requer um processo reflexivo acerca dos valores e princípios que norteiam a
prática profissional, pressupondo, além de um tratamento e cuidado digno,
solidário e acolhedor por parte dos profissionais da saúde ao seu principal
objeto de trabalho – o doente/ser fragilizado –, uma nova postura ética que
permeie todas as atividades profissionais e processos de trabalho
institucionais. Nessa perspectiva, diversos profissionais, diante dos dilemas
éticos decorrentes, demonstram estar cada vez mais à procura de respostas que
lhes assegurem a dimensão humana das relações profissionais, principalmente as associadas
à autonomia, à justiça e à necessidade de respeito à dignidade da pessoa
humana.
Implementar um processo de humanização
no campo interdisciplinar da saúde, fundamentado na ética, implica o resgate da
dimensão humana das/ nas relações de trabalho e a sua permanente
problematização. A ética pode contribuir significativamente para a humanização
do ambiente hospitalar, para práticas que respeitem a condição de sujeito dos
seres humanos, sejam cuidadores, sejam seres sob cuidado profissional, sua dignidade,
valores, direitos, deveres. A humanização hospitalar como expressão da ética
requer, em suma, a prévia formulação de políticas organizacionais e sociais
justas que considerem os seres humanos e seus direitos. Isso significa
valorizar a humanidade no trabalhador, favorecendo o desenvolvimento de sua
sensibilidade e competência, com mudanças nas práticas profissionais, de modo a
reconhecer a singularidade dos pacientes, encontrando, junto a eles,
estratégias que facilitem a compreensão e o enfrentamento do momento vivido.
“ O CUIDADO É A ESSÊNCIA CONCRETA DO SER
HUMANO”.
“É com o coração (sentimento)
que se vê corretamente, o essencial é invisível aos olhos”
Enfermagem 2006 janeiro-fevereiro; 14(1):132-5.
AULA: HOSPITALIZAÇÃO
O adoecimento e a hospitalização representam rupturas no cotidiano do paciente e de sua família. Em geral, o paciente deixa de ir à escola, se afasta de seus familiares e amigos, não realiza muitas de suas atividades cotidianas, os familiares, por sua vez, têm sua rotina alterada, precisam se afastar do lar, além de gerenciar os cuidados com o paciente doente e as demandas da família, entre outros aspectos, o que causa uma crise complexa e difícil.
MINHA VISÃO SOBRE A AULA: Desde o começo do curso escutamos muito sobre humanização, sobre as dificuldades enfrentadas em uma hospitalização, mas essa aula foi bem impactante e me fez entender e sentir um pouco dos sentimentos que o paciente sofre, principalmente quando ocorre uma internação não eletiva. A linha do tempo que fizemos foi nostálgica e esperançosa em relação ao futuro, e quando a professora deu o comando de passarmos um risco na linha do tempo, e ficticiamente esse momento seria rompido por uma hospitalização, me comoveu. A rotina hospitalar é muitas vezes invasiva, o paciente perde sua privacidade, seu poder de autonomia e decisão, e nós terapeutas ocupacionais precisamos entender e tentar diminuir os impactos sofridos pelos pacientes. Acho que um processo muito importante é a humanização, isso faz com que o paciente se sinta cuidado afetivamente. Participo de um grupo de humanização hospitalar, e é bem clara e evidente a necessidade desse tipo de trabalho dentro de um hospital, os pacientes esperam ansiosos a nossa chegada todos os sábados, participo do projeto como cidadã, mas não posso deixar de lado o meu olhar enquanto terapeuta ocupacional.
BASES TEÓRICAS: O terapeuta ocupacional entende que “(a rotina institucional) mascara, no dia a dia, a identidade de cada indivíduo que ali se encontra, isto é: seus desejos, seus sonhos, sua criatividade, seus sentimentos...” (Pengo, 2010).
A revisão bibliográfica na área de internação hospitalar constata que, entre os aspectos mais frequentemente abordados nos trabalhos, encontra-se a experiência de pacientes no manejo de procedimentos médicos invasivos, considerando ser este um importante estressor presente no tratamento de crianças hospitalizadas (Motta & Enumo, 2002, Chen, Craske, Katz, Schwartz, & Zeltzer, 2000, Costa Jr., 1999; Manne, Bakeman, Jacobsen & Redd, 1993). Entre esses trabalhos, encontram-se artigos baseados em relatos de experiência, como o de Garcia (1996), ressaltando a importância de intervenções psicossociais que minimizem a ansiedade, o medo e a angústia, tanto do paciente internado quanto dos familiares e profissionais de saúde frente aos procedimentos invasivos.
Há um despreparo dos pacientes no que se refere à experiência hospitalar e aos procedimentos correlatos. O motivo é baseado no princípio de que o medo de algo desconhecido resulta numa exacerbação da fantasia. Portanto, diminuir os elementos de desconhecimento para o paciente resultaria em menor medo. Quando os pacientes não sentem o medo paralisante de enfrentamento, eles são capazes de direcionar suas energias no sentido de lidar com os estresses inevitáveis da hospitalização e assim, se beneficiarem do potencial de crescimento inerente à experiência (Leifer, 1996)
REFERÊNCIAS: OLIVEIRA, Gislene Farias de; DANTAS, Francisco Danilson Cruz; FONSECA, Patrícia Nunes da. O impacto da hospitalização em crianças de 1 a 5 anos de idade. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 7, n. 2, dez. 2004 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582004000200005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 dez.
2013.
“A HOSPITALIZAÇÃO MUDA DE FORMA BRUSCA E URGENTE A ESTRUTURA DA VIDA COTIDIANA DO PACIENTE, E O TERAPEUTA OCUPACIONAL DEVE AGIR PARA QUE O PACIENTE SOFRA O MINIMO POSSÍVEL COM ESSA MUNDAÇA”
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